O Paraguai é conhecido como um lugar mágico onde sonhos quase se realizam por 1/3 do preço. Não quer gastar 100 talkeys com um cavalinho de plástico da Hasbro só para completar sua coleção de My Little Poney? Fear not, Paraguai got your back!
Não é My Little Pony, mas grandes são as chances que sua criança é imbecil demais para perceber que recebeu um "Colorful Horse". Sim, eu já vi esse nome em um brinquedo piratex de MLP, por um momento fiquei pensando se não era uma linha de brinquedos em homenagem a um tempo em que era totalmente ok ser tão racista em publico quanto sua criatividade permitisse (chamados pelas pessoas de "bons tempos").
Agora, a coisa é que o Paraguai não é um lugar real. Quer dizer, existe um lugar fisico chamado Paraguai, mas não é disso que eu estou falando, e sim desse estado de espirito de aproveitar demandas das pessoas para empurrar tralhas de baixa qualidade, que eu também chamei de Paraguai então suponho que isso está realmente confuso e...
Olha, deixa pra lá, o que eu quero dizer é que no Japão também se faz gambiarras! Tan dan daaaaaaaan!
Nada mais é sagrado, eu sei.
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| Porque um jogo de Super Nintendo tem o numero de créditos na tela de start, como se fosse um arcade, é algo que deixaremos para as gerações futuras responderem |
Enfim, Super F1 Hero é literalmente a versão do homem pobre de Ayton Senna's Super Monaco GP. Se no jogo do Mega Drive temos o endosso de um dos maiores de todos os tempos, na versão com sérias restrições orçamentárias nós temos ... bem, Satoru Nakajima. Que talvez não fosse o maior piloto de todos os tempos, ou mesmo sequer um bom piloto, mas ... era um piloto, isso podemos afirmar.
Bem, certo, então não temos um GRANDE nome do automobilismo endossando o jogo, mas o gameplay também é uma versão pobre de Super Monaco GP?
Sim, é. Na verdade teria que melhorar um pouquinho para ser apenas "pobre". A coisa que mais conta contra esse jogo é que os carros adversários tem um peso estranho na pista, eles não parecem parte do mundo do jogo sim gif que ficam flutuando pra lá e pra cá. Pior ainda, a detecção de colisão é horrível e você nunca sabe quando vai bater em outro carro ou quando seu sprite vai apenas trespassa-lo.
Bem, o que dizer de um jogo de corrida que acha importante mostrar seu score mas não sua posição na corrida? Eu, heim...
A coisa curiosa a respeito deste jogo bastante esquecível, no entanto, é que ele não faz a menor ideia se quer ser um jogo realista ou apenas um arcade adoidado, tenta ser os dois ao mesmo tempo e - pouco surpreendente - fracassa em ambos.
Na parte do realismo, por exemplo, acho que é o único jogo de corrida do Super Nintendo de F1 que considera "a parte suja da pista" e se você andar fora do traçado você escorrega mais do que o papa tentando explicar porque ele anda num carro aprova de balas se ele é o chosen one de Deus. O que é surpreendentemente realista mesmo.
O jogo também tem dezenas de configurações de carro para tunar sua performance... eu acho. Como eu não entendo nada de tunar carros, eu não sei as calibrações numéricas exatas para cada peça do carro, de modo que só posso dar 100% de certeza que são opções!
Por outro lado, o jogo que tenta ser realista tem um botão de turbo que faz seu carro acelerar a 900 km/h... se bem que você não parece tão rápido assim, eu chutaria que você vai a 400 e o 4 desse jogo é que parece muito com um nove. Adicionalmente tem um sistema de pontuação que te dá bonus no fim da corrida por coisas como não bater, quantos retardatários você ultrapassou e por não usar o freio!
Porque todos se importam com pontos em console doméstico, yay... Outra coisa que não funciona tão bem é a coisa de "ser eliminado se não chegar na posição X", o que funciona em jogos arcade como Mario Kart ou Top Gear, mas não faz sentido em um jogo que parece emular um campeonato de F1.
Enfim, Super F1-Hero é um dos jogos de corrida mais esquecíveis que eu já joguei na vida, tão esquecível que eu até esqueci o que mais tinha pra dizer sobre esse jogo. Então fim!
