Como eu mencionei no post sobre NIGHT TRAP a Sega decidiu que iria dar um jeito na reputação do Sega CD para tentar explicar as pessoas porque elas deveriam gastar o preço de dois Mega Drives para um acessório leitor de CDs. Considerando que a primeira impressão foi causada por bombas termonucleares de ruindade como Heavy Nova e Earnest Evans, o trabalho seria longo pela frente.
E por isso eu quero dizer que a Sega tentou fazer a única coisa que eles sabiam fazer: lançar os jogos mais anos 90 que podiam por seus dedinhos seguisticos. O mais famoso destes jogos é Night Trap, famoso por suas beldades de camisola, mas outro membro tão popular quanto desta trupe é Road Avenger. Ao menos era na época.
Mas o que é Road Avenger? Bem, alguém pensou "e se o Mad Max tivesse uma Ferrari?". Nascia assim o VINGADOR DA ESTRADA. E por isso eu quero dizer que essa é literalmente a premissa do jogo.
No futuro pós-apocaliptico de uma cidadezinha dos US and A, punks atormentam a vida do cidadão direito de bem pós-apocaliptico. Quer dizer, você sabe que os caras são realmente maus quando o cidadão sobe no capo de um carro em movimento com um porrete de espinhos para quebrar as janelas enquanto o carro passa, você sabe que esses safados estão de treta.
Ignorando o pandemonio que tomou conta de toda civilização, nosso herói decide que é um bom dia para casar com sua cocotinha e dar um role com ela em seus trajes de nubentes. O que poderia dar errado?
Bem, provavelmente isso. Jogado para fora da estrada por baderneiros PUUUUUUUUNNNNNKKKKKKKSSSS GRRRRRRRR, nosso herói irrompe em chamas carbonizando a si mesmo e sua preciosa petequinha no processo. Triste fim.
Oh, mas parece que algo sobreviveu de nosso herói. Bem, na verdade tudo dele sobreviveu, aparentemente só a petecosa que estava com o assento sobre um tambor de nitroglicerina. Boa forma de transportar sua esposa recem casada. SEJE como for, nosso herói agora é um homem com uma missão: se transformar no VINGADOR DA ESTRADA.
Bem, agora que nossa história está contada... a introdução continua por mais três minutos mostrando cenas do jogo. Suponho que eles pagaram caro pela Toei por essa animação, e pretendem usar cada segundo dela.
Enfim, o ponto é que Road Avenger é um daqueles jogos de apertar os botões que aparecem na tela, como Dragon's Lair.
MAS QUALQUER JOGO NÃO PODE SER DESCRITO DESSE JEITO?
Não, eu quero dizer literalmente apertar os botões que aparecem na tela:
Não é exatamente a coisa mais emocionante do mundo de jogar. Basicamente um teste de reflexos durante vinte minutos, definitivamente não é uma das coisas mais divertidas do mundo de jogar. Eu diria que sequer é uma das menos.
Tudo que resta é ver assistir a animação feita pela Toei, que definitivamente tem seus momentos inspirados na maior parte do tempo é apenas... esta lá. É realmente legal ver nosso herói perseguindo punks dentro de prédios ou em lugares inusitados, como essa perseguição no cais do gif acima.
Mas o jogo não é tão radical e inspirado o tempo todo em sua animação. Não é ruim, mas a maior parte não é nada que vá ficar em sua memória. Não que seja realista esperar 20 minutos de cenas épicas, mas quando o jogo não tem gameplay para ofecerer em troca é o faria valer a pena. Uma curiosidade interessante, mas não muito mais que isso.
Road Avenger não é tão legal quando ele tenta parecer ser. A Sega resumida em um jogo.
