quarta-feira, 19 de março de 2025

[#1425][Set/1999] RAINBOW SIX: Rogue Spear



Em 1998, TOM CLANCY'S RAINBOW SIX realizou o sonho molhado dos nerdolas de coisas militares (que é um nicho bem maior do que eu possivelmente poderia suspeitar inicialmente), ao trazer operações táticas com toques de realismo aos videojogos. Sai o exército de um homem só, entra um esquadrão de precisão silenciosa e mortal cujo trabalho é entrar e sair antes que o alvo perceba que já está morto.

O que foi uma ideia bem bacana e diferente, é extremamente satisfatório traçar um plano de ação antes da fase começar e depois só ouvir seus companheiros no rádio informarem eficientemente: "Tango down". Enfim, eu gosto bastante de TOM CLANCY'S RAINBOW SIX.


E sabe quem mais gostou disso? Bastante gente, aparentemente, porque exatamente um ano depois a Red Storm (empresa fundada pra criar jogos baseados nos bilhões de livros de Tom Clancy e que posteriormente foi incorporada pela Ubisoft) colocava nas prateleiras um pacote novo de missões que pode ser chamado de continuação, mas dizer que é mais apenas um pacote com novas fases com esteróides não seria exatamente errado.

Então, vamos começar do começo: para quem amou o TOM CLANCY'S RAINBOW SIX original, como eu, viva! A Lança Soltona está aqui para te dar… bem, mais do mesmo. Só que melhor! Mais ou menos melhor.



A jogabilidade central ainda é a mesma: você passa 20 minutos planejando meticulosamente a missão, só para tudo dar errado porque Steve do Time Alpha decidiu encarar o cano da espingarda de um terrorista ao invés de só atirar nele. Clássico Steve.

Rogue Spear introduz alguns novos gadgets e mecânicas que te fazem sentir um operador de contraterrorismo de verdade... Ou pelo menos alguém que assistiu muito Duro de Matar. Aqui vai o resumo:


- Rappel: Finalmente, você pode descer de telhados como uma aranha tática. É legal até o Steve se enrolar nas cordas e ficar pendurado enquanto os terroristas usam ele como alvo. Droga, Steve!

- Breach Charges: Exploda portas like a boss... a menos que algum membro do seu time se embanane como uma IA controlada pelo jogo. Eu não vou citar nomes.

- Customização de Armas Melhorada: Agora você pode ajustar seu equipamento, colocando pentes de munição extra ou silenciadores, equipar flashbangs ou breach charges para seus colegas. Yay?

E... meio que são essas todas as mudanças realmente. Então... é melhor, eu acho? Yay?


Os gráficos estão… melhores e os bonecos tem mais animações diferentes - especialmente os terroristas caem de varias maneiras diferentes e dramáticas depois de levar um tiro de formas que fazem MEDAL OF HONOR correr por seu dinheiro na categoria "eles me pegaram, camarada, diga ao pequeno Timmy que não irei pra casa nesse verão, cof... cof...". A iluminação também melhorou, então agora você pode ver Steve morrendo tragicamente e envergonhando seu time intiero na frente dos terroristas em resolução um pouco maior. Yay?

A história é… ok. A ideia é que existe uma organização malign do mal que odeia o bem financiando qualquer Zé Ruela que quer ser terrorista, então do nada o mundo é tomado por uma epidemia de qualquer ecochato tendo acesso a armamento de grau militar para tomar um refinaria e fazer refem, quanto mais separatistas e terroristas pelo mundo inteiro. Resolver cada uma dessas tretas é um trabalho para o Arco-Iris Seis porque os outros 5 estavam ocupados, eu acho.


Bem, vamos ser honestos, o jogo não tenta fingir que sua história é mais importante do que a história em um filme pornô, e não serei eu o esquisito que direi que assisto o XVideos só pra ver se a pia da cozinha vai ser mesmo consertada (embora ela nunca é, meio frustrante isso)

Rogue Spear é o equivalente gamer de pedir seu prato favorito num restaurante e receber uma porção um pouco maior. Não é revolucionário, mas é o que você gosta e veio mais disso. Talvez você não esteja com tanta fome quanto da primeira vez, mas ainda é bom... e olha, não é que essa analogia funcionou realmente?


Seja como for, os novos recursos são legais, as melhorias são bem-vindas, e a jogabilidade está com menos bugs, a IA melhor (o que é vital num jogo que o computdor controla seu time) e a versão de Dreamcast suporta até 4 jogadores agindo ao mesmo tempo com tela dividida, o que sempre diversão de sofá da boa e... pelo amor de Arceus, Steve, era pra esperar eu contar até três e todo mundo invadir a sala ao mesmo tempo... não, Steve, era no 3, ninguem falou "3 e vai!"... porque tudo tem que ser sempre tão dificil com você?

Mas, onde eu estava? Ah sim, no fim das contas, ainda é TOM CLANCY'S RAINBOW SIX com uma camada nova de tinta. Isso é uma coisa boa? Claro, por que não? É legal… eu acho? Yay?

Nota Final: 7,5/10 (Yay?)
Nota do Steve: 0/10 (Dammit, Steve!)

MATÉRIA NA AÇÃO GAMES
EDIÇÃO 157 (Novembro de 2000)


MATÉRIA NA GAMERS
EDIÇÃO 045 (Outubro de 1999)