Okay, o de hoje vai ser rapidinho pq... bem, é a sequencia de um jogo Bemani para o PS1. Se você sabe o que essas palavras significam, você já sabe tudo que tem para saber sobre esse jogo. Se não... bem, suponho que é meu trabalho falar um pouco sobre isso para os puros de coração.
Então, POP'N MUSIC 2 da Konami para o PlayStation 1 é... a sequencia de POP'N MUSIC. Sim, eu sei, eu sou um Xerox Rolmes. O que eu quero dizer é que no final dos anos 90 a Konami tinha essa franquia chamada "Bemani" e cada título era sobre vender um periférico diferente para ritmos musicais. GUITAR FREAKS era sobre vender uma guitarrinha de plástico para você apertar botões no ritmo, DANCE DANCE REVOLUTION era para vender o tapete de dança e POP'N MUSIC era pra vender... hã... isso:
Mas vamos começar com os pontos positivos: a Konami se esforçou um pouco nesta port do arcade para o PS1 (como alguém que vive em 2025, ainda soa estranho usar "Konami" e "esforço" na mesma frase) e isso fica evidente em algumas áreas. A inclusão de músicas licenciadas - e musicas licenciadas boas, alias - é um toque legal, adicionando variedade à lista de faixas e dando aos jogadores algo novo para curtir. O jogo também apresenta conteúdo desbloqueável, incluindo novas músicas e personagens, o que adiciona uma camada de rejogabilidade. Para os completistas, isso pode ser o suficiente para mantê-los fisgados por um tempo. Os designs coloridos e peculiares dos personagens são tão fofos como sempre, e eles trazem um senso de personalidade ao jogo que é difícil não gostar.
No entanto, a versão PS1 do POP'N MUSIC 2 fica aquém em várias áreas importantes. O problema mais gritante é o esquema de controle. O Arcade original tem 9 botões, mas se você não comprar o acessório licenciado da Konami e tentar usar o controle DualShock do PlayStation ou o joystick do Dreamcast... boa sorte com isso é um substituto ruim. Mapear as entradas do jogo para os botões frontais e gatilhos de ombro parece estranho e pouco intuitivo quando comparado ao quão simples era apertar botões grandes e coloridos no arcade, e não tem como evitar sentir que muito da ideia da coisa se perdeu nessa conversão.
O jogo em si funciona, mas eu não vejo como alguém poderia cagar a jogabilidade de um jogo desses. Se você já jogou qualquer outro jogo Bemani — ou mesmo o primeiro POP'N MUSIC — sabe exatamente o que esperar aqui. A mecânica é virtualmente idêntica e, embora as novas músicas sejam divertidas, elas não fazem o suficiente para diferenciar muito esta entrada de seu antecessor. É difícil não sentir que este é apenas o POP'N MUSIC 1.5, com um punhado de novas faixas e uma mão nova de tinta.
E isso me leva à minha maior reclamação com POP'N MUSIC 2: é um excelente exemplo da tendência da Konami de produzir sequências que parecem mais pacotes de expansão do que jogos completos. A série Bemani, com toda a sua inovação, sempre foi culpada disso. Cada nova parcela parece um DLC drop — novas músicas, alguns ajustes e pouco mais. POP'N MUSIC 2 não é exceção.
No final, POP'N MUSIC 2 para o PS1 é um saco de gatos. Não é um jogo ruim de forma alguma, mas também não é particularmente notável. A Konami merece algum crédito por incluir faixas licenciadas (que são boas, mas nenhum grande hit famoso também) e conteúdo desbloqueável, mas essas adições não são suficientes para elevar o jogo além de ser uma sequência esquecível.
É uma coisa horrível, criminosa, terrível? Não, até porque esses jogos nem eram vendidos ao preço cheio de 60 dolares, então é mais uma traquitana pra comprar com o troco do lanche e a isso ele se presta. Só não espere mais do que isso realmente.
MATÉRIA NA GAMERS
EDIÇÃO 045 (Outubro de 1999)