Novo dia, novo jogo! Que dia mais feliz! Vamos ver que fabulosas e espetaculares aventuras nos aguardam nesta empreitad...
É, okay. Esse jogo é uma merda, falou galera, até o próximo jogo!
CALMA, VOCÊ TEM QUE DAR UMA CHANCE AO JOGO! TALVEZ NÃO SEJA TÃO RUIM ASSIM... DESSA VEZ!
Ai... suponho que sim, Jorge. Okay, vamos lá, deixa eu ler um pouco a respeito desse jogo talvez ele não seja TÃO ruim assim...
É isso, to dando o fora. Te vira aí, Jorge, larguei!
NÃO, ESPERA, VOLTA AQUI... SE TU FIZER ESSE REVIEW EU PROMETO DEIXAR PASSAR SEUS, HÃ, GOSTOS PECULIARES ...
Nah, não estou tão desesperado assim.
VOCÊ REALMENTE NÃO ME DEIXA ESCOLHA...
Jorge, por favor. Você realmente acha que eu sou tão fácil de manipular assim? Você realmente deveria me conhecer melh...
Pensando bem, acho que eu vou ficar por aqui mesmo. Eu tenho um compromisso ético e moral com esse blog, afinal.
Então, em muitos jogos que eu vejo reviews, especialmente jogos que não são feitos por uma queridinha dos fãs ou $$$ da mídia (como os jogos da Sega que misteriosamente nunca eram criticados entre as dez páginas de propaganda da Tec Toy por edição) os reviewers aproveitam para desabafar todas as suas frustrações reprimidas de suas vidas pessoais.
Eu esculhambo bastante com os jogos da Ocean e jogos de Amiga, mas eu não faço isso por que eu quero parecer descoladão e sim porque esses jogos são game design realmente ruim e mais frequentemente sim do que não, preguiçosos para embolsar uma grana rápida.
Mas eu verdadeiramente tento sempre ser justo com o jogo e dar uma chance para ele, mesmo ele sendo... que cyber mecha Jesus me ajude... um jogo da Ocean para Amiga. Quer dizer, seria difícil encontrar um jogo que fosse MAIS fácil de espancar que Mr. Nutz. Esse jogo foi desenvolvido para o Amiga em 1993, mas então a Ocean desistiu de lançar ele porque, bem o Amiga já estava praticamente morto e não valeria o custo. Dessa forma foi feito um port na corrida para o Super Nintendo, então em qual realidade isso possivelmente teria como dar certo? Ah, e é o trilionésimo jogo de animal-mascote em plataforma, uau...
Seria muito fácil destruir esse jogo, na verdade. Mas infelizmente para aqueles que desejam sangue e fúria, eu não vou espancar um jogos inocentes quando existem de fato tantos jogos horríveis por aí que o merecem. Mr. Nutz pode ser um jogo medíocre, mas não é um jogo ruim. Nem bom.
É claro que no jogo Nutz coleta moedas e a cada cem ganha uma vida, o esquilo com atitude pode balançar em vinhas e pular na cabeça dos inimigos. Nada que já não tenha sido feito um milhão de vezes - e feito melhor em pelo menos 500 mil delas.
Outra coisa igual a todos 8 bilhões de jogos de plataforma mediocres que existem é que os inimigos raramente fazem mais do que andar ou voar para frente e para trás da esquerda para a direita em padrões definidos. Mesmo depois de "verem" o nosso heroico esquilo heróico, eles não reagem diferente.
Apesar de todas essas falhas, Sr. Nutz é absolutamente jogável. Os controles são responsivos o suficiente e os desafios justos o suficiente. Mas como um jogo da Ocean pode sequer ser jogavel, que bruxaria é essa?
Bem, é porque esse não é realmente um jogo exatamente feito pela Ocean: tirando a parte sonora, esse jogo foi inteiramente feito por DOIS caras. Apenas dois. Então não tem muito o dedo da Ocean aqui, foram só dois caras que pegaram o projeto pra si e era isso.
O que é é realmente impressionante, porque é até um jogo bonito, bem animado e os controles respondem bem, então os créditos finais mostrarem que apenas dois mamelucos fizeram isso certamente é um choque. De certa forma, acho que Mr. Nutz é o primeiro jogo verdadeiramente indie que eu vejo aqui.
Mr. Nutz é um jogo de plataforma, o que quer dizer que não deve ser jogado pela trama, mas mesmo assim teria sido bom se houvesse algum enredo sequer, já que sem história a estrutura fica é incoerente e você tem a sensação que o jogo está apenas jogando coisas na sua cara aleatoriamente. Você nem sabe do que se trata o jogo até que sua aventura termine, e mesmo assim você descobre apenas após o último chefe que uma era glaclial estava prestes a ser criada por um yeti supostamente mágico que está cansado de todo o verde que cerca o mundo, e que todos os inimigos que você lutou foram controlados por sua magia.
Outra coisa estranha é que o primeiro chefe do jogo, uma aranha caipira, fala com você - mas é o único chefe que faz isso. Então eu imagino que em algum ponto esse jogo deveria ter uma história mas foi dropada pela metade porque... hã, bem são só dois caras trabalhando no jogo.
E é isso, não tem muito mais o que falar sobre esse jogo. Ele é tão simples quanto simples pode ser, mas é okay. Quer dizer, até tem na verdade, tem uma coisa bem única nele: ele tem um dos chefes mais... perturbadores que eu já vi na minha vida. Sério.
WHAT THE FUCK? Uau, esses franceses fumaram uma baguete muito doida. Ou alguém tinha pesadelos recorrentes com o Lula gigante disparando globos oculares em você, o que é algo totalmente compreensível.
E pronto, o jogo está analisado. Feliz agora, Jorge?
SIM, FOI UMA REVIEW DECENTE. EMBORA NÃO SEJA MAIS QUE SUA OBRIGAÇÃO.
Certo, certo. Mas vc não está esquecendo de nada, não?
EU... REALMENTE PRECISO?
Jorge...
TEM UM LUGAR ESPECIAL NO INFERNO PRA PESSOAS COMO VOCÊ
Nisso nós concordamos, Jorge. Mas o que eles podem fazer comigo lá que eu já não tenha passado pior jogando jogos de Amiga?
MATÉRIA NA AÇÃO GAMES
Edição 074
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