quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

[AÇÃO GAMES 002] MORTADELLO Y FILEMON 2: Safari Callejero (MSX, 1989) [#103]



Sabe, por mais que eu reclame e faça piadas, a verdade é que essa ideia de jogar todos os jogos da Ação Games  tem me ensinado diversas coisas interessantes. Uma coisa que eu aprendi, por exemplo, foi sobre o MSX.

Até esse ponto eu sabia que existia esse videogame bizarro que rodava com disquetes e fitas cassete, e que de alguma forma fez com que o genero de stealth nascesse quando Hideo Kojima descobriu que o computador-videogame não tinha capacidade suficiente para rodar o jogo de ação que ele queria fazer.

O ponto é que essa é a impressão errada do MSX, com a experiencia que eu tive até agora eu começo a entender que ele estava muito mais para um rival do Gameboy, com mini-games casuais e jogos de plataforma extremamente simples, do que do Nintendinho. Claro que você não poder levar o MSX com você na hora de dar aquela cagada ou na reunião dançante que você vai ficar sentado no canto esperando  a hora da sua mãe te buscar o faziam perder em comparação com o Gameboy. Ou até podia, mas isso meio o que meio que explicaria porque você era o cara sentado no canto sozinho. Mas divago, o ponto é que é esse tipo de mentalidade que você tem que ter para os jogos do MSX, e vendo por esse ponto eles não são de todo ruim. Ao menos são melhores que Karateka, mas isso não quer dizer muita coisa realmente, né?

Agora que compartilhei esse momento de sabedoria com vocês, falaremos do jogo de Mortadelo e Salaminho. Se você nunca ouviu falar deles, não se preocupe: a Ação Games também não, porque MAIS UMA VEZ publicaram o nome do jogo errado.

Pq é claro que sim, como não,  né?




Mortadelo e Salaminho (Mortadello y Filemon no original, ou Clever and Smart em inglês) são, talvez, a mais popular HQ da história da Espanha. No Brasil ela só foi publicada entre os anos 70-80, mas na Espanha o criador Francisco Ibáñez Talavera é nível Laerte ou Angeli de popularidade.

A dupla são dois agentes secretos atrapalhados que resolvem aprontam altas confusões, embora Ibáñez esteja mais preocupado em fazer gags visuais do que contar histórias realmente. O que funciona para uma tirinha da época.

Por exemplo: em diversas missões as mensagens são entregues das maneiras mais absurdas possíveis, sempre se autodestruindo de um modo diferente logo após serem transmitidas. Um rádio de pilha japonês, após passar a mensagem secreta ao agente, tem uma portinhola por onde sai um… japonês, que destrói o aparelho a machadadas e vai embora!


Se você é fã de humor do tipo Recruta Zero, recomendo ir atrás (tem até dois filmes em live action), mas não é muito o meu tipo de coisa.

Quanto ao jogo, bem, não tem muito o que dizer realmente já que são minigames apenas, um em cada lado da fita cassete. O primeiro é um jogo em que você tem que correr pelos dois andares da casa e pegar galinhas (desviando dos ovos que elas atiram), e levar uma por uma até o último andar para a cozinheira. É até interessante que dá para subir em diversos moveis na casa, mas não vai muito além disso.



O segundo jogo é um tanto mais criativo: é um endless run em que Mortadelo tem que seu usar seus infinitos disfarces para passar dos obstáculos. Ele pode se transformar em cobra para passar pelos obstaculos rasteiros, sapo para pular mais alto ou fantasma para passar pelas paredes. Nada muito diferente do que você veria em qualquer joguinho de celular hoje, mas então, meio que essa é a pegada do MSX mesmo.


Bem, quanto a Ação Games, não seria a Ação Games falando de MSX sem sentar no tomate, né? Existem dois jogos de Mortadelo e Salaminho para o MSX, e mesmo colocando um print da tela do jogo na matéria ninguém achou importante dizer que esse era o 2. Because Ação Games, né?