quarta-feira, 12 de agosto de 2020

[AÇÃO GAMES 039] MIGHTY FINAL FIGHT (Nintendinho, 1993)[#458]




Ahh, Metro City, cidade de um milhão de punks, onde prefeitos são repletos de justiça feroz e as pessoas armazenam sua carne em barris de petróleo. Venha comigo enquanto acompanhamos um dos últimos grande títulos do NES em 1993, direto da cidade para a cidade que nunca dorme porque está ocupada demais socando punks. É hora da de uma poderosa luta final.

Todo mundo conhece Final Fight, não? Bem, se não, é um beat'm up que praciamente cunhou o genero beat'm up, então se você não conhece um então não conhece o outro - tornando esse paragrafo ultimamente inutil; Claro, o NES não poderia lidar com um port direto do arcade, então a Capcom chibificou todos os personagens; nascia o MFF


Capa japonesa do jogo
AP A trama é quase a mesma do arcade: a filha do prefeito Mike Haggar, Jessica, é sequestrada. Desta vez, em vez de sequestrá-la para forçar Haggar a mudar sua política de combate ao crime, , o líder de Mad Gear, Belger, a sequestrou porque se apaixonou por ela e quer casar com Jéssica. E ainda dizem que o romantismo punk está morto, eu te digo. Assim, nossos heróis partem para resgatá-la, e Belger logo aprenderá que o amor pode realmente ser doloroso, doloroso como um funcionário da cidade eleito dando uma voadeira com os dois pés na sua cara.

Eu não estava ciente que "ninja" é uma etnia que você pode descender, the more you know...

Haggar, Cody e Guy são todos jogáveis, o que é mais do que pode ser dito da versão de Super Nintendo,  e deve-se dizer todos são adoraveis. Obviamente, eu vou jogar como Haggar. Guy parece ter como ataque especial dar um discursão sobre o poder da amizade, e Cody não tem um bigode, então Haggar é a única opção. 

A jogabilidade é praticamente igual à Final Fight, a diferença é que o MFF apresenta um sistema de pontos de experiência por derrotar punks. Você ganha mais EXP por despachá-los com certos movimentos: a sequencia de socos dá um mísero ponto, mas um pilão giratório vale mais. Além disso, dar pilões giratórios sempre é mais legal.


Você começa seu trabalho de espancar punks, como Deus queria que fosse, avançando e suplexando os caras a torto e a direito. Os inimigos são versões chibi dos capangas anteriores do FF, incluindo Rolento, que ostenta um sorriso durante o processo porque ele sabe que se tornará um personagem de Street Fighter posteriormente e não está realmente preocupado com Final Fight. 

O chefe da primeira fase pergunta se você quer se juntar a Mad Gear, e é claro que eu disse que sim. Bem, ingressar em uma gangue é o que todas as crianças legais estão fazendo, certo? Mas no fim eu fui, porque aparentemente o Haggar tem muita cara de mauricinho. É preciso uma combinação de bolas de tungstenio com muitas drogas para dizer algo assim para um cara como Haggar, como o chefe descobre ao ter sua cara esfregada no chão de cascalho!


Como você pode imaginar, a variedade de inimigos não é grande em Final Fight... mas considerando que Final Fight 2 tem o dobro de tamanho e quase o mesmo numero de inimigos, eu posso dizer que já vi piores. Adicionalmente, todos inimigos também tem esse visual chibi fofinho e, mais importante ainda, tem o único inimigo de Final Fight com o qual realmente nos importamos: a trap mais amada dos videogames, a gracinha da Poison.

Esse jogo não apenas tem uma gatinha transexual anã, o que deve atender fetiches bastante específicos mas não unheard of, como ela tem perpetuamente essa cara de "AH PRONTO!"

Poison está cheia das suas merdas, Haggar
Diferente de Final Fight 2, entretanto, MFF tenta fazer algumas coisas para manter o jogo interessante. Tem o já citado sistema de XP, mas para que serve o XP? Bem, além de aumentar seu HP e dano, ao chegar no nível 4 ele desbloqueia um ataque especial que varia conforme o personagem. Cada um dos personagens tem um comando diferente para o ataque especial, o que acaba funcionando bem com um beat'm up como esse. Na verdade, funciona tão bem que posterirmente esse sistema de ataques especiais seria mantido para Final Fight 3, e isso é legal. 

O jogo também tem buracos para jogar seus oponentes, e isso é algo que eu sempre respeito que beat'm ups façam. Afinal, é um dos pequenos prazeres da vida dar uma voadora com os dois pés na boca de um punk e ve-lo desaparecer da existencia antes do seu tempo.

Satisfatório, não?
Como em todos os beat'm ups da Capcom, esse jogo tem uma fase do elevador também. Só que aqui dá pra chutar os caras para fora do elevador e eu não entendo porque isso não é feito em todos os jogos da empresa. Sério que precisa de um jogo de Nintendinho ensine como se faz? Sério mesmo?

São as pequenas coisas, eu te digo
O jogo também tem um tom bastante leve, e que se diverte com a breguice dos seus dialogos. Afinal, como não respeitar um jogo que faz isso:


Não é atoa que o plot do jogo foi mudado de sequestrar a filha do prefeito por razões políticas para "ela vai casar comigo, muahahaha". Um jogo que é boboca, mas tem ciencia disso, é algo que eu posso respeitar.

Mighty Final Fight é um beat'm up bonitinho que faz tudo certo dentro do genero (o jogo evita manter inimigos fora da tela, por exemplo, uma das piores coisas que acontece em um beat'm up e que mesmo Final Fight 2 fode enormemente) exceto pela falta de opção de jogar com dois jogadores (quando outros beat'm ups mesmo mais antigos de NES permitem isso). A jogabilidade funciona, a trilha sonora é nível Mega Man, tem inovações que não foram tentadas em Final Fight 2 e tem a Poison chibi.

Apenas vitória.


EDIÇÃO 045