Ahh, Metro City, cidade de um milhão de punks, onde prefeitos são repletos de justiça feroz e as pessoas armazenam sua carne em barris de petróleo. Venha comigo enquanto acompanhamos um dos últimos grande títulos do NES em 1993, direto da cidade para a cidade que nunca dorme porque está ocupada demais socando punks. É hora da de uma poderosa luta final.
Todo mundo conhece Final Fight, não? Bem, se não, é um beat'm up que praciamente cunhou o genero beat'm up, então se você não conhece um então não conhece o outro - tornando esse paragrafo ultimamente inutil; Claro, o NES não poderia lidar com um port direto do arcade, então a Capcom chibificou todos os personagens; nascia o MFF
Capa japonesa do jogo |
AP A trama é quase a mesma do arcade: a filha do prefeito Mike Haggar, Jessica, é sequestrada. Desta vez, em vez de sequestrá-la para forçar Haggar a mudar sua política de combate ao crime, , o líder de Mad Gear, Belger, a sequestrou porque se apaixonou por ela e quer casar com Jéssica. E ainda dizem que o romantismo punk está morto, eu te digo. Assim, nossos heróis partem para resgatá-la, e Belger logo aprenderá que o amor pode realmente ser doloroso, doloroso como um funcionário da cidade eleito dando uma voadeira com os dois pés na sua cara.
Eu não estava ciente que "ninja" é uma etnia que você pode descender, the more you know... |
Haggar, Cody e Guy são todos jogáveis, o que é mais do que pode ser dito da versão de Super Nintendo, e deve-se dizer todos são adoraveis. Obviamente, eu vou jogar como Haggar. Guy parece ter como ataque especial dar um discursão sobre o poder da amizade, e Cody não tem um bigode, então Haggar é a única opção.
A jogabilidade é praticamente igual à Final Fight, a diferença é que o MFF apresenta um sistema de pontos de experiência por derrotar punks. Você ganha mais EXP por despachá-los com certos movimentos: a sequencia de socos dá um mísero ponto, mas um pilão giratório vale mais. Além disso, dar pilões giratórios sempre é mais legal.
Você começa seu trabalho de espancar punks, como Deus queria que fosse, avançando e suplexando os caras a torto e a direito. Os inimigos são versões chibi dos capangas anteriores do FF, incluindo Rolento, que ostenta um sorriso durante o processo porque ele sabe que se tornará um personagem de Street Fighter posteriormente e não está realmente preocupado com Final Fight.
O chefe da primeira fase pergunta se você quer se juntar a Mad Gear, e é claro que eu disse que sim. Bem, ingressar em uma gangue é o que todas as crianças legais estão fazendo, certo? Mas no fim eu fui, porque aparentemente o Haggar tem muita cara de mauricinho. É preciso uma combinação de bolas de tungstenio com muitas drogas para dizer algo assim para um cara como Haggar, como o chefe descobre ao ter sua cara esfregada no chão de cascalho!
Como você pode imaginar, a variedade de inimigos não é grande em Final Fight... mas considerando que Final Fight 2 tem o dobro de tamanho e quase o mesmo numero de inimigos, eu posso dizer que já vi piores. Adicionalmente, todos inimigos também tem esse visual chibi fofinho e, mais importante ainda, tem o único inimigo de Final Fight com o qual realmente nos importamos: a trap mais amada dos videogames, a gracinha da Poison.
Esse jogo não apenas tem uma gatinha transexual anã, o que deve atender fetiches bastante específicos mas não unheard of, como ela tem perpetuamente essa cara de "AH PRONTO!"
Poison está cheia das suas merdas, Haggar |
Diferente de Final Fight 2, entretanto, MFF tenta fazer algumas coisas para manter o jogo interessante. Tem o já citado sistema de XP, mas para que serve o XP? Bem, além de aumentar seu HP e dano, ao chegar no nível 4 ele desbloqueia um ataque especial que varia conforme o personagem. Cada um dos personagens tem um comando diferente para o ataque especial, o que acaba funcionando bem com um beat'm up como esse. Na verdade, funciona tão bem que posterirmente esse sistema de ataques especiais seria mantido para Final Fight 3, e isso é legal.
O jogo também tem buracos para jogar seus oponentes, e isso é algo que eu sempre respeito que beat'm ups façam. Afinal, é um dos pequenos prazeres da vida dar uma voadora com os dois pés na boca de um punk e ve-lo desaparecer da existencia antes do seu tempo.
Satisfatório, não? |
Como em todos os beat'm ups da Capcom, esse jogo tem uma fase do elevador também. Só que aqui dá pra chutar os caras para fora do elevador e eu não entendo porque isso não é feito em todos os jogos da empresa. Sério que precisa de um jogo de Nintendinho ensine como se faz? Sério mesmo?
São as pequenas coisas, eu te digo |
O jogo também tem um tom bastante leve, e que se diverte com a breguice dos seus dialogos. Afinal, como não respeitar um jogo que faz isso:
Não é atoa que o plot do jogo foi mudado de sequestrar a filha do prefeito por razões políticas para "ela vai casar comigo, muahahaha". Um jogo que é boboca, mas tem ciencia disso, é algo que eu posso respeitar.
Mighty Final Fight é um beat'm up bonitinho que faz tudo certo dentro do genero (o jogo evita manter inimigos fora da tela, por exemplo, uma das piores coisas que acontece em um beat'm up e que mesmo Final Fight 2 fode enormemente) exceto pela falta de opção de jogar com dois jogadores (quando outros beat'm ups mesmo mais antigos de NES permitem isso). A jogabilidade funciona, a trilha sonora é nível Mega Man, tem inovações que não foram tentadas em Final Fight 2 e tem a Poison chibi.
Apenas vitória.