Mergulhados até a quinta camada da aura como estamos em jogos ruins, as vezes é fácil perder a linha do que faz um jogo realmente ruim e do que faz apenas um mediano que acontece de ser esquecível. Quantos jogos Amiga-like eu já vi na minha vida? Jogos demais. Quantos saltos de fé eu já dei? Saltos demais. Quantas vezes eu já tive que aceitar que a detecção de colisão é apenas aleatória e a sorte nunca está a meu favor? Vezes demais.
Como eu disse, são tantos, tantos jogos ruins que é muito fácil perder a linha. Mas então chega aquele momento definidor que você sabe que cruzou a linha. Como um viciado em drogas que acorda num lixão as dez da manhã de terça-feira abraçado a uma cabra chamda Osvaldo, você sabe que chegou ao limite. Chega um ponto na sua vida que você está tão afundado na degeneração que mesmo o mais junkie dos junkies percebe que foi longe demais e é hora de pedir ajuda, porque chegou ao fundo do poço.
O que você não sabe, entretanto, é que o fundo do poço sempre tem alçapão.