Você não pode realmente falar de jogos de luta dos anos 90 (ou jogos dessa época em geral, frequentemente) sem falar das "continuações que são patchs de update" e isso que é algo que eu falo frequentemente por aqui. Todo jogo de luta que fazia mais que dois bis e um chocotone de lucro ganhava uma continuação que era o mesmo jogo só que numa versão "1.5".
Só que entre todos os SUPER STREET FIGHTER 2 TURBO e WORLD HEROES JET da vida, tenho que dizer que poucas continuções-update são mais curiosas do que essa: Virtua Fighter Kids é essencialmente Virtua Fighter 2.5... só que com versões chibi dos personagens.
E é isso, basicamente. O mesmo jogo com uma versão cartunesca daquele estilo anime cabeçudo, um tom levemente mais cartunesco (quando os personagens correm eles deixam uma nuvem de poeira e quando são atingidos estrelas voam ao redor da cabeça) e não tem muito mais mudanças radicais. A jogabilidade está levemente aprimorada (mais rápida), os pulos estão melhores (o que sempre foi o ponto fraco da série) e... hã, é isso realmente. Adicione expressões faciais pq os personagens tem espaço no cabeção pra isso, Dural é o último chefe com um peixe dourado na sua cabeça de aquário (?!?) e é isso o jogo.
Olha, eu vou ser sincero com vocês: existe apenas um motivo real pelo qual esse jogo existe, além de fazer uma grana fácil com baixo esforço (já que o modo cabeção poderia ser um cheat, não precisava um jogo inteiro só isso) que era vender os bonequinhos de Virtua Fighter. Máquinas de pachinko e aquelas de garra da Sega davam esses brinquedos de premio, então um joguim para vender bonecos e máquinas de brinquedos foi encomendado... e é isso que esse jogo é.
Virtua Fighter Kids é um jogo de luta tão bom (ou ruim, dependo da sua opinião) quanto VIRTUA FIGHTER 2 pq ele é VIRTUA FIGHTER 2. O que significa que com exceção dos fanáticos extremos de VIRTUA FIGHTER 2, esse jogo não tem muito apelo senão pela curiosidade dos gráficos.
MATÉRIA NA AÇÃO GAMES
Edição 108 (Outubro de 1996)
Edição 025 (Julho de 1996)