Okay, eu vou abrir a review de hoje com um comentário técnico. Normalmente eu dou uma contextualizada, conto um pouco de história no começo, mas hoje não, é preemente que eu abra expondo um ponto muito técnico, quase cientifico: PUTA QUE O PAREIO AÇÃO GAMES VÃO SE FODEREM NO MERTIOLATE MOLHADO! QUAL É A PORRA DA DESGRAÇA DO PROBLEMA DE VOCÊS, CARAS?!? VOCÊS CAIRAM DE CABEÇA DO BERÇO QUANDO ERAM CRIANÇAS, REPETIDAS VEZES?
REALMENTE, MUITO TÉCNICA ESSA SUA ABERTURA...
Mas não, sério, Jorge, os caras tem coisinha na cabeça. O jogo de hoje, como você pode ver acima, se chama Goiken Muyou 2 - cuja tradução seria algo como "Opinião Desnecessária 2" - e a Ação Games por motivo nenhum que senão o Instituto "Vozes da Minha Cabeça", decidiu que o jogo se chamaria "No Mercy". Assim, duneida, por razão nenhuma!
E aí dale o animal aqui procurando que caralhas xovísticas é o diabo de um "No Mercy", não existe nenhum jogo assim para o PS1! Quer dizer, existe o "WWF No Mercy" para Nintendo 64 e o "Expect No Mercy" para PC (que é um jogo de luta fisicamente doloroso), mas nenhum deles é o tal do "No Mercy".
A minha sorte foi que ao menos o nome da produtora eles colocaram certo, então vendo a biblioteca da KSS eu encontrei esse jogo que batia com as fotos na revista... mas puta merda, heim Ação Games? Cês são foda mesmo...
Mas bem, falando na produtora, esse jogo tem um conceito de desenvolvimento interessante: desenvolvido pelo estúdio Mediamuse, o objetivo dos caras era desenvolver um jogo de luta aos moldes de VIRTUA FIGHTER. Até aí tudo bem, não foi o primeiro e não será o último estúdio a tentar se inspirar em um dos pilares dos jogos de luta.
O que esse jogo faz de diferente, entretanto, é que para isso eles contrataram campeões de torneios de VIRTUA FIGHTER 3 para prestar consultoria no objetivo de criar o seu VIRTUA FIGHTER 3 de baixo orçamento - incluindo aí o programador chefe do projeto, Toyohiko Yoshimine, que era um programador experiente na indústria (sendo ex-funcionário da Zap, ele participou de SUMMER GAMES que eu já analisei aqui) e nas horas vagas pro-player de jogos de luta. Na verdadem Yoshimine ainda hoje está na cena dos jogos de luta, participando de torneios e lives, onde ele atende pelo nick de @ikesarah, eis uma curiosidade pra você.
Mas então temos uma galerinha que entendia muito de JOGAR VIRTUA FIGHTER 3 com a missão de fazer o clone mais clone de VIRTUA FIGHTER 3 que eles podiam fazer. E qual foi o resultado disso? Bem, o resultado foi o clone mais clone de VIRTUA FIGHTER 3 que dava pra fazer. Sim, eu sei, as vezes a vida não tem surpresa nenhuma.
Goiken Muyou 2 é um jogo de luta até que bastante bem feito, todas as coisas consideradas. Os modelos dos personagens são bonitos e bem satisfatórios para o que se podia fazer na época no PS1, e eu particularmente gosto do estilo das roupas dos personagens, acho eles bem estilosos na real.
A jogabilidade funciona decentemente, porém no melhor estilo VIRTUA FIGHTER, não tem golpes especiais, nem personagens sobrehumanos, nem uma mecanica única, nada. Ele lembra muito os primeiros jogos de luta 3D lançados em 94/95... bem, pq o primeiro jogo foi lançado por volta dessa época mesmo, exclusivo para Saturn. O segundo jogo, lançado no final de 1998, não muda muito isso realmente.
A mecanica de jogo é consistente e não tem nada de particularmente errado com ele, apenas... bem, não tem nada realmente que a definição "clone de VIRTUA FIGHTER" não diga tudo que vc realmente precise saber sobre esse jogo. Quero dizer, esse jogo é tão "VIRTUA FIGHTER da Shopee" que a chefe final do jogo é a prima pobre da Dural de VF, a Manekin!