O primeiro BUST A GROOVE (ou "Bust a Move: Dance & Rhythm Action" no Japão, pq o nome original do jogo teve que ser alterado no ocidente dado o ataque de pelanca dos americanos com Puzzle Bobble) é, até este ponto na curta história de jogos musicais desse blog, um dos meus favoritos pelo simples fato de que eu gosto das músicas, simples assim. Quero dizer, junto com PARAPPA THE RAPPER são minhas músicas favoritas de jogos de ritmo musical pq os batidão são NERVOUSOUR!
I WILL NEVER, EVER WILL RUN AWAY, MOTHERFUCKERS!!! ... isso mesmo que o jogo tenha sofrido alguns danos em seu caminho para este lado herege do globo, já que as vozes na cabeça de Victor Ireland têm muitos primos, sussurrando suas mentiras filisteicas nos ouvidos das empresas de jogos em todos os lugares dizendo a elas que você realmente pode dublar músicas e obter algo que soe tão bem quanto o original.
Tá que a Jennifer Stigile é talentosa, mas existe um limite do quanto a Working Designs consegue se safar dublando músicas e menos ainda outros estúdios conseguem isso - ainda sim muitos acreditam nisso de todo o coração e é triste dizer que eles tendem a ser pessoas em posições de poder no que dizia respeito a localização de jogos.
Esse caminho é a pura barbarie, porém, um dia desses terei que encarar os fatos e aceitar que a Lei J-Pop (assim como sua prima, a Lei Alemã do Death Metal) nunca será mandatária no mundo todo. Mas onde eu estava? Ah sim, eu gostei muito do primeiro BUST A GROOVE apesar das suas músicas serem redubladas.
E caso você tenha perdido o primeiro jogo ou simplesmente não leu o meu texto de BUST A GROOVE, a jogabilidade é fácil de entender. A cada quatro batidas da música vc tem que apertar bolinha, sendo que esse tempo de quatro batidas é o tempo que vc tem para apertar os comandos uqe aparecem na tela...
... o que é meio complicado dada minha coordenação motora de um platelminto, mas pessoas com um tato musical inato conseguem pegar o ritmo das quatro batidas com tranquilidade. Seja como for, tenha sucesso e seu boneco fará passos irados, falhe e você dá de boca no chão diante da multidão de fãs exigentes. O jogo é essencialmente isso, reagindo as sequencias cada vez mais difíceis de pressionar os botões. Os movimentos de ataque tambem estão aqui, você tem um número limitado de ataques para atrapalhar seu oponente até certo ponto e quebrar a sequência de combo, embora seja possível desviar dos ataques se você for rápido nas sequencias de botões.
Isso sendo dito, Bust-a-Groove 2 definitivamente melhora seu antecessor na área de animação dos personagens, sendo que os passos de dança são um dos destaques do jogo para começar. O original foi um exemplo realmente especial de como usar a captura de movimento – Fatality é para caras de mamão, ao invés de capturar movimentos de jogos de lutinha queremos manolos fervendo na pista - e a sequência leva essa mesma filosofia ainda mais longe, com árvores de movimentos mais amplas e animações mais suaves no geral.
Capoeira era uma das minhas favoritas antes because aliens dançando capoeira e eu adoro suas novas animações, mas não tem nenhuma que deixe de impressionar, com uma ampla gama de ações muito bem executadas. Alguns dos novos personagens são verdadeiroamente maneiros, como o zumbi apodrecido Bi-O e a garçonete patinadora Comet.
O jogo tem também outros upgrades que, honestamente, é até surpreendente que todo jogo de ritmo musical já não viesse com isso. tipo informar ao jogador quais botões ele inseriu durante cada sequência, bem como informar qual botão apertado fez com que ele falhasse na sequência. Saber onde vc errou pode parecer uma informação óbvia, mas vc ficaria surpreso com quantos jogos não faziam isso... né UM JAMMER LAMMY?
Mas então, no fim do dia, Bust a Move 2 é um jogo de ritmo musical e ele vive ou morre pelo quão boas são as musicas que o compõe... e nesse aspecto eu temo dizer que o downgrade do jogo anterior é massico. Ao invés de contratar varios artistas diferentes, dessa vez a nova publisher cortou custos e colocou todas as músicas para serem feitas pela gravadora Avex Trax - e isso fica evidente ouvindo como todas as músicas soam pasteurizadas iguais.
Muitas das comparações não chegam nem perto - o rap very very very very very very good do Hamm no primeiro jogo...
Em essência, Bust-a-Groove 2 não é muito diferente do que você esperaria de um patch de update do primeiro jogo - e de fato houveram ugrades de qualidade de vida não desprezíveis aqui - não tem como negar que o jogo retrocedeu na coisa mais importante para um jogo do genero
Não é um jogo ruim, mas então tem que ser considerado que um mês antes você poderia jogar o fenomeno cultural que foi Dance Dance Revolution - um jogo que você encontra em qualquer shopping até hoje, com músicas licenciadas esbagaçantes. DDR foi o jogo de ritmo musical criado para pisar em todos os outros jogos de ritmo musical já criados, demolir metade de Nova York, escalar o Empire State Building e levar tiros de biplanos. Já Bust-a-Groove 2, entretanto, não é um jogo que vc pode dizer sequer que é uma evolução em relação ao seu antecessor.
Aí fica dificil competir, amigue.
MATÉRIA NA AÇÃO GAMES
EDIÇÃO 140 (Junho de 1999)
MATÉRIA NA SUPER GAME POWER