sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

[#1387][Jul/1999] VANDAL HEARTS 2

O primeiro VANDAL HEARTS foi uma das gratas surpresas que eu tive nesse blog. Quer dizer, eu já sabia que esse é provavelmente o RPG Tático mais violento de todos os tempos dado que os personagens jorram sangue como se tivesse sido descoberto petroleo porque tinha visto no Stargame, mas o que eu NÃO sabia sobre o jogo foi bem mais interessante que isso.

Primeiro, apesar de haver magia no jogo, ele é mais baseado na história do que você poderia esperar, sendo firmemente calcado na era do Reinado de Terror de Robespierre (a era pós-revolução francesa que prova que só porque um regime cruel e tiranico foi derrubado, não quer dizer que os rebeldes que o derrubaram não vão ser piores ainda). Mecanicamente, enquanto não reinventa a roda, claramente a Konami colocou um esforço real aqui para que quase cada cenário tivesse uma mecanica ou perigo ambiental único - tipo explodir comportas de uma represa pra ela levar seus inimigos, operar trens estacionados para controlar o campo de batalha e coisas assim.

Numa situação rara de acontecer, a capa japonesa é igual a americana, sendo a europeia a única diferente

VANDAL HEARTS, apesar de ser a primeira tentativa da Konami do genero, é um dos melhores RPGs Táticos do PS1 (e quem sabe seria até o melhor, não fosse o fato que uma SINGULARIDADE chamada FINAL FANTASY TACTICS existe) e por essa razão sua sequencia rapidamente se tornou um título muito aguardado - especialmente por mim.

E o que eu achei dele? Bem, de modo geral ele melhora sim vários aspectos que cabiam melhoras em relação ao primeiro jogo com vários deles sendo diretamente inspirados por FINAL FANTASY TACTICS - repare que eu disse inspirados, não COPIADOS NA CARA DURA PQ VAI QUE A GENTE ENGANA ALGUÉM QUE É FINAL FANTASY TACTICS, né HOSHIGAMI: Ruining Blue Earth? Infelizmente, tem uma coisinha nesse jogo, uma única coisinha que eles mudaram no gameplay, uma bem pequena até, que afunda toda a experiencia que de outra forma seria magnifica tão rápido quanto um tijolo de seis furos tentando se infiltrar na equipe de nado sincronizado do Quirguiquistão.


Sim, AQUILO. Se você jogou Corações Vandalos 2, você sabe EXATAMENTE o que Corações Vandalos 2 faz de tão errado que faz você querer bater a cabeça na parede a CADA TURNO DE JOGO. Sim, A CADA MALDITO TURNO e é uma única coisa. Se você não jogou Vandal Hearts 2 e não sabe do que eu to falando, bem, senta aí que eu te conto...

HÃ, ESSA VIBE DE YOUTUBER QUE QUER SER UM AMIGO INTIMISTA NÃO REALMENTE CASA BEM CONTIGO, SABE?

Acho que não mesmo, Jorge. Então me permita refrasear a coisa: NINGUÉM LÊ ESSA BOSTA MESMO ENTÃO EU VOU RESMUNGAR SOBRE COMO ELES CAGARAM UM JOGO QUE ERA PRA SER DELICINHA COM A PORRA DE UMA IDEIA DE JIRICO E COMO NINGUÉM FOI ESPANTACO COM TOBLERONES EM PRAÇA PUBLICA POR ISSO É NADA SENÃO UMA AFRONTA A PRÓPRIA ESSENCIA DOS VIDEOGAMES!

AGORA PARECE MAIS CONTIGO...

Eu precisava botar isso pra fora, obrigado. Mas dito isso, vamos começar pelo começo...

domingo, 19 de janeiro de 2025

[#1386][Dez/98] JADE COCCON: Story of Tamamayou


Em todos estes anos nessa indústria vital, com quase 8 anos de blog e 1400 reviews, uma coisa que não mudou em nada desde o primeiro dia é que poucas coisas me empolgam mais do que descobrir uma joia escondida. Um desses jogos que, embora não seja perfeito, certamente tem mais a oferecer do que sua popularidade leva você a acreditar. Você sabe, pequenas delícias que nem todo mundo jogou como METAL WARRIORS ou ROCKET KNIGHT ADVENTURES

E a primeira vista, Casulo de Jade: História de Temamavayou se encaixa perfeitamente nesse molde de alegria... até perto da metade dessa curta aventura, quando o jogo tomou um rumo que me fez reavaliar minha opinião. É o que veremos no episódio de hoje.

sábado, 18 de janeiro de 2025

[#1385][Ago/1999] TOSHINDEN 4 (ou "Toshinden Subaru" no Japão)

Essa semana mesmo eu assisti um filme que tenta ser um grande final épico que ninguém pediu para uma franquia que ninguém se importa: "Venom: The Last Dance". Depois de dois filmes que variaram entre “meh” e “o que foi isso?”, chega Venom: The Last Dance – a tentativa derradeira de transformar Eddie Brock e seu simbionte em algo maior do que um meme ambulante. Spoiler: falha miseravelmente.

Tá, mas pq eu estou falando de Venom 3 nesse post? Ora, pq hoje é dia da review do jogo que é o equivalente videogamístico disso: o último jogo da franquia Toshinden, a épica conclusão que ninguém pediu para uma franquia que ninguém se importa. Vamos a isso então.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

[#1384][Dez/1999] KOUDELKA


Em 2002, o redator da prestigiada revista Famitsu, Jun Miura, estava fez uma matéria sobre um retro-jogo de 1985 chamado "Ikki" (não muito diferente do "Tunel do Tempo" que a Ação Games ou a SGP faziam). O que é relevante para nossa história, entretanto, é que Miura usou um termo "kusoge" para descreve-lo - que literalmente significa "jogo merda" (kuso = merda, Ge = gemu, a ingrishificação de "game").

Só que ele não se referia a qualquer jogo merda, oh não, e sim especificamente jogos tão ruins que chegam a ser fascinantes em toda sua medíocridade. É como assistir um acidente de carro, é uma coisa horrível, mas você não consegue tirar os olhos daquela catastrofe. É como assistir de The Room, é tão ruim, mas tão ruim, mas TÃO ruim que dá a volta completa e flerta com a genialidade.


Miura não inventou o termo, ele já rolava nas revistas japonesas a algum tempo (especialmente na Famitsu, que é extremamente exigente e crítica), mas é atribuído ao texto dele essa interpretação atual que a internet tem do termo. Seja qual for a origem, o fato que importa aqui é que hoje temos um kusoge tão kusogesco que você não tem como não esfregar as mãos de antecipação pq em toda catastrofe que vem pela frente, não tem como não pensar "ai papai, hoje tem!"

Então, sem mais delongas, vos apresento o estimado Kusoge do dia, Koudelkinha da Massa!

quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

[#1383][Ago/2000] DRAGON QUEST 7: Fragments of the Forgotten Past

A chuva cai torrencialmente, cortando a noite como pequenas lâminas cruéis. Uma substituição pobre para as lágrimas que eu não mais vertia, essa capacidade foi uma das coisas que eu perdi nessa longa jornada de sofrimento e dor. Mas a esse ponto, isso não importava mai. Sentei contra uma parede de tijolos em ruínas em algum beco esquecido, o fedor de podridão e arrependimento pairando no ar ao meu redor. O zumbido de neon de uma placa quebrada tremeluzia no alto, lançando rosas e verdes doentios no pavimento escorregadio pela chuva.

Procurei o maço de cigarros no bolso do meu casaco, apenas para lembrar que os tinha esmagado na ultima luta — ou talvez isso tenha sido três noites atrás. O tempo se tornou um borrão, cada dia se mesclando nas memórias com o seguinte, uma longa sequencia de miséria amarrada por uísque barato e decisões ruins. Minhas mãos tremiam quando acendi o último cigarro que consegui salvar, a chama do fósforo lutando para se manter viva contra o vento. Mais ou menos como eu.

Sabe, eu nem sempre fui essa... coisa. Essa casca vazia. Houve uma época em que eu tinha um nome que as pessoas diziam com respeito. Amigos que me olhavam nos olhos. Uma vida. Eu até pensei que tinha um futuro. Engraçado, né? Eu pensei que poderia interpretar o herói em uma história como a minha. Mas se tem uma coisa que aprendi, é que o mundo não lida com finais felizes — não para caras como eu.

Você quer saber como eu cheguei aqui? Como eu me tornei essa bagunça de ossos, bebida e promessas quebradas? Tudo bem. Você quer a verdade? Aperte o cinto. Porque não é o tipo de história que você sai se sentindo bem. É o tipo que fica com você. Que te mancha.

Essa é a história de minhas 150 horas com Dragon Quest 7.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

[#1382][Dez/1998] JOJO'S BIZARRE ADVENTURE


Visualize, se puder, a seguinte seguinte cena: um cavalheiro vitoriano, exibindo músculos másculos que fariam inveja a um deus grego, besuntados em suor viril que brilha sob a luz do luar, dá um soco tão forte em um vampiro que as leis da física começam a questionar sua existência. Adicione uma dose saudável de estética glam rock, diálogos exagerados e tramas que evoluem do melodrama ao caos total mais rápido do que você consegue dizer "Za Warudo!".

Isto, meus queridos, é o que nós chamamos de apenas mais uma terça-feira em "JoJo’s Bizarre Adventure", uma criação do mangaka Hirohiko Araki, um homem que acredita que piamente que limites são para municipios e desde então o mundo é um lugar melhor por isso. É o que veremos a seguir.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

[#1381][Dez/1999] VALKYRIE PROFILE

Era uma noite gelada nos bosques que cercam a miserável vila de Coriander, o tipo de frio que faz o ar gelado da madrugada queimar seus pulmões e cortar seus lábios ao ponto que o simples ato respirar não é uma atitude que deva ser tomada levianamente. Ainda sim, duas crianças corriam por suas vidas, sem olhar para trás.

Um menino e uma menina, nenhum dos dois com mais de dez anos de idade, atravessam o véu da noite desabaladamente em direção a... nem eles sabem realmente. A única coisa que eles sabem é que não podem voltar a Coriander sob hipotese alguma.


Naquela tarde, homens estranhos vestidos de preto andaram pela vila. Lucian, o menino, já tinha visto eles algumas vezes antes: eles aparecem, se houve o barulho de algumas moedas, e então no dia seguinte alguém da vila não estavam mais lá. Traficantes de pessoas. E naquela noite em particular ele havia visto esses homens indo para a casa da sua amiga Platina.

Ele conseguiu entrar pela janela e tirar ela de lá instantes antes que os homens de preto a levassem, mas era só até aí que seu plano ia. Pouco atrás dele, Platina estava tão exausta quanto assustada. Ela podia ser apenas uma criança, mas sabia perfeitamente bem qual seria o seu destino se uma garota bonitinha como ela fosse vendida como escrava.


Após abrir uma distancia segura da vila, Lucian acha que eles podem parar para respirar um pouco - não que seus pequenos corpos de criança conseguiriam de outra forma. Platina está exausta. Não apenas da fuga, mas de sua vida toda. Das surras. Da fome. Do frio. Do medo. Da perspectivida de uma vida inteira miserável assim. Ser vendida como escrava por sua mãe por uma dúzia de moedas foi a palha que quebrou as costas do seu camelo, era a última, ela não aguentava mais.

E de fato seu corpo não aguenta mais. Seus joelhos cedem, ela cai no chão. Mas por causa dos seus sentimentos internos, mas pq Lucian não reparou que eles tinham ido parar em um campo de Lírios Lamuriosos, uma planta muito bonita mas altamente venenosa.


Lucian corre e a toma nos braços, mas Platina está sem mais forças para lutar contra o veneno, para lutar por sua vida miserável. Talvez seria melhor ela apenas fechar os olhos e aceitar o doce abraço do descanso eterno. Ela pode apenas desejar que talvez um dia ela e Lucian renasçam juntos, em uma vida melhor, em um mundo melhor. Desejando apenas esquecer todas as terríveis memórias de sua curta vida, Platina fecha os olhos pela última vez nesse mundo. O menino chama por ela desconsolado, mas é tarde demais.

Ao som de seus gritos do mais puro desespero, a camera vai se afastando e a tela fechando. Esse é o trágico fim da história dessa menina, mas apenas o começo de uma outra muito maior.

"Perfil de Valquíria", letras sóbrias informam na escuridão da tela. O jogo vai começar.


sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

[#1380][Abr/2000] BREATH OF FIRE 4


Bafo de Fogo 4 é o THE KING OF FIGHTERS 99: Millenium Battle dos jRPGs. E essa foi a review de hoje, até a próxima gente boa!


VOCÊ SABE, ESSA "PIADA"... VAMOS COLOCAR ASSIM... JÁ NÃO ERA ENGRAÇADA NA PRIMEIRA VEZ QUE TU FEZ ISSO A UNS SEIS ANOS ATRÁS. NÃO FICOU MAIS DIVERTIDA DE LÁ PRA CÁ.

Ah, bem, Jorge... suponho que eu precise me alongar sobre isso então, huh?

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

[#1379][Mar/1999] POKÉMON SNAP


Então chegamos a 2025, chupa essa manga Astecas!

MAS OS ASTECAS NUNCA DISSERAM QUE NÓS NÃO CHEGARIAMOS A 2025...

E nem os maias disseram que não chegariamos a 2012, mas isso nunca impediu ninguém de ter superstições e um filme horrível. Seja como for, primeira review do ano e uma daquelas que eu queria muito chegar nela, saiba você! Isso porque na metade de 1999, Pokémon era a febre do ouro não apenas para o mundo inteiro, mas especialmente para mim. 

BOM VER QUE O ANO MUDOU, MAS NÃO SUAS PRIORIDADES...

Ano novo, vida velha, é como eles dizem!

"ELES" NÃO DIZE... EU HONESTAMENTE NÃO SEI PQ EU TENTO AINDA...

Seja como for, eu já contei a história de Pokémon e minha relação com a franquia no post sobre POKEMON STADIUM, o que eu quero falar hoje é sobre um spin-off que eu queria muito, muito mesmo jogar na época porém nunca tive acesso a um Nintendo 64 para realiza-lo.