sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

[#1393][Ago/1999] DUKE NUKEM: Zero Hour


Groovy, baby! É hora de falar de Duke Nukem... mais uma vez... nosso herói tão absurdamente carregado de testosterona que até hoje eu não realmente tenho certeza se ele era para ser o supra-sumo da masculinidade gamer ou é uma paródia debochando disso. 

Eu não vou mentir pra vocês e dizer que Dukão da Massa é meu personagem favorito dos games (eu meio que já escrevi uma review sobre isso em DUKE NUKEM 3D), mas independente do que eu acho não tem como negar que ele é um dos personagens mais icônicos dos anos 90. Sempre com seus óculos escuros, cabelo loiro impecável e frases cheias de arrogância e confiança, nosso filhote de Albert Wesker com Johnny Bravo é o tipo de coisa que os garotinhos por todo paíss não podiam evitar querer sempre mais e mais em 1999... ou assim pensavam as produtoras.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

[#1392][Nov/1999] TOMB RAIDER: The Last Revelation


Em novembro de 1999, os desenvolvedores da Core Design estavam exaustos. Eles haviam feito o impossível, haviam mudado o mundo, haviam reescrito a história... e ainda sim, não era o suficiente.

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

[#1391][Set/1994] SYSTEM SHOCK

DISCLAIMER: Tecnicamente, essa review deveria ser de System Shock 2 que saiu em 1999, esse é o jogo que saiu na Gamers. Entretanto poucas coisas são mais ingratas que rodar um jogo de computador de 1999, usualmente isso é nada senão sofrimento e dor. A boa notícia é que foi anunciado um remaster enhanced para 2024 desse jogo, a noticia não tão boa é que ele foi adiado e até a data desse post não há uma previsão oficial - a estimativa é que ele lance em algum ponto de 2025... espera-se.

Bem, pero no hay problemo, amiguemo, porque em 2023 foi lançado um remake do primeiro System Shock de 1994. Enquanto o remake atualiza os gráficos e principalmente a interface (felizmente, mais sobre isso daqui a pouco), ele não mexe quase nada no level design e na estrutura do jogo e isso me serve muito. Por isso, sem mais delongas, é hora de CHOQUE DE SISTEMA OLHA AQUI PEDERNEIRAS AI AI!

Me diga se essa cena lhe é famíliar: você acorda em uma cidade isolada do mundo. Você não sabe o que, exatamente, aconteceu mas sabe que o pau tá cantou na casa de Noca. Corpos (frequentemente em pedaços) por todo lado, mutantes loucos correndo por aí, pixações nas paredes com palavras de ordem de algum tipo resistencia, papeis espalhados e caos em toda parte. Parece que algum tipo de revolução aconteceu e claramente os mocinhos não venceram.

Sem saber o que caralhas está acontecendo, você começa a andar pelos corredores claustrofóbicos armado da primeira coisa que você encontrou pelo caminho: uma chave inglesa - que logo é posta em uso amaciando o maxilar dos já citados mutantes selvagens. Ao longo do caminho você vai encontrando trechos de audios e emails de pessoas que provavelmente não estão mais vivas que te fazem começar a entender o que porra aconteceu ali. Isso tudo em um jogo de tiro em primeira pessoa.


HÃ, TÁ, ESSA É A DESCRIÇÃO DE BIOSHOCK. É UM JOGO BEM FAMOSO, TODO MUNDO CONHECE ELE.

Certo... exceto que o ano aqui é 1994. Mais especificamente, setembro de 1994, o Brasil ainda está de ressaca pelo tetra, o Plano Real é um sucesso e o dolar vale R$ 0,70 e Cavaleiros do Zodíaco é a coisa mais quente na televisão.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

[#1390][Jun/1999] MARIO GOLF


Normalmente eu não falo de jogos de esporte nesse blog, e por uma razão muito tecnica: eu não gosto tanto assim de jogos de esporte, ao ponto que eu não teria muito como diferenciar um jogo anual de hockey no gelo do outro.

ESTOU VENDO, REALMENTE TECNICO...

Pois é. Uma exceção que eu me permito fazer, entretanto, são os jogos esportivos da franquia Mario e por uma razão bem simples: diferente do seu FUTEBOL LICENCIADO' 98, os jogos de esporte do Mario sempre foram sinônimos de diversão arcade e caos absoluto. Mario Strikers transforma o futebol em uma batalha campal onde o Mario dá chutes flamejantes, Mario Tennis tem o Wario dando raquetadas de bolas congelantes e Mario Super Sluggers tem o Bowser dando rebatidas com Chain Chomps. 

Meu ponto é que esses títulos se destacam pelo completo descompromisso com o realismo, abraçando o humor e a extravagância que só o universo Mario pode proporcionar. Então, naturalmente, ao ouvir sobre Mario Golf, esperei mais do mesmo: um jogo de golfe recheado de absurdos, poderes especiais e um ritmo frenético que mal deixaria tempo para pensar. No entanto, o que eu encontrei aqui foi algo completamente diferente.

domingo, 26 de janeiro de 2025

[#1389][Dez/1999] EVOLUTION 2: Far Off Promise

Quando o Dreamcast foi lançado em 1999, sua linha de jogos era dominada por experiências no estilo arcade - o que eu sempre disse que foi um erro da Sega, afinal basear seu console doméstico e jogos de 60 dolares em títulos que foram feitos para serem jogados 3 minutos no fliperama não parece um plano que vai dar certo no longo prazo. Como, de facto, pouco surpreendentemente não deu.

Se você comprou o novo videogame da Sega (e a esse ponto, depois de tudo que a Sega já tinha aprontado até 1999 e você ainda compra o videogame deles no lançamento, você não tem ninguém a culpar além de você mesmo) e esperava uma coisa mais com cara de videogame mesmo, bem, boa sorte com isso. Você tinha opção de jogos de arcade ou coisas do tipo "ah, faz qualquer porcaria logo só pra ter, tanto faz o resultado, só faz!"... sim, SONIC ADVENTURE, estou olhando pra você.

sábado, 25 de janeiro de 2025

[#1388][Out/1999] DEAD OR ALIVE 2


Tudo começou com um sonho. Um sonho bom, um sonho puro e inocente de ver algo verdadeiramente mágico e especial. O sonho ter tetas balançando que apenas a física tridimensional dos videogames poderia providenciar. O sonho de um mundo ideal.

Infelizmente, em 1996 os valentes guerreiros da Team Ninja estavam limitados pela tecnologia do seu tempo, de modo que tudo que eles conseguiram fazer foi arranhar um mero vislumbre do mundo perfeito de melões balançantes. Um sonho efemero, mas não menos um sonho. E com isso, o primeiro DEAD OR ALIVE acabou sendo nada senão um rascunho das coisas maravilhosas que estavam por vir.



Não me entendam errado, haviam gloriosas tetas saltitantes naquele jogo, sim, porém tetas limitadas pela tecnologia do seu tempo - ou seja, pela física do PS1. Tetas que se moviam como gelatina durante um terremoto seguradas por um garçom com mal de Parkinson - o que é um grande feito de inclusão, porém pouco eficiente no quesito hotelaria de qualidade.

Corta agora para três anos no futuro, e em 1999 o mundo era outro. O salto da quinta para a sexta geração foi o maior já visto no mundo dos jogos 3D (desde então cada geração muda progressivamente menos em relação a anterior, até o ponto atual onde estamos agora em que é dificil explicar o que mudou), e com ele o Team Ninja ouviu o chamado como um instinto divino os comandando.

Era hora por as bazongas pra jogo.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

[#1387][Jul/1999] VANDAL HEARTS 2

O primeiro VANDAL HEARTS foi uma das gratas surpresas que eu tive nesse blog. Quer dizer, eu já sabia que esse é provavelmente o RPG Tático mais violento de todos os tempos dado que os personagens jorram sangue como se tivesse sido descoberto petroleo porque tinha visto no Stargame, mas o que eu NÃO sabia sobre o jogo foi bem mais interessante que isso.

Primeiro, apesar de haver magia no jogo, ele é mais baseado na história do que você poderia esperar, sendo firmemente calcado na era do Reinado de Terror de Robespierre (a era pós-revolução francesa que prova que só porque um regime cruel e tiranico foi derrubado, não quer dizer que os rebeldes que o derrubaram não vão ser piores ainda). Mecanicamente, enquanto não reinventa a roda, claramente a Konami colocou um esforço real aqui para que quase cada cenário tivesse uma mecanica ou perigo ambiental único - tipo explodir comportas de uma represa pra ela levar seus inimigos, operar trens estacionados para controlar o campo de batalha e coisas assim.

Numa situação rara de acontecer, a capa japonesa é igual a americana, sendo a europeia a única diferente

VANDAL HEARTS, apesar de ser a primeira tentativa da Konami do genero, é um dos melhores RPGs Táticos do PS1 (e quem sabe seria até o melhor, não fosse o fato que uma SINGULARIDADE chamada FINAL FANTASY TACTICS existe) e por essa razão sua sequencia rapidamente se tornou um título muito aguardado - especialmente por mim.

E o que eu achei dele? Bem, de modo geral ele melhora sim vários aspectos que cabiam melhoras em relação ao primeiro jogo com vários deles sendo diretamente inspirados por FINAL FANTASY TACTICS - repare que eu disse inspirados, não COPIADOS NA CARA DURA PQ VAI QUE A GENTE ENGANA ALGUÉM QUE É FINAL FANTASY TACTICS, né HOSHIGAMI: Ruining Blue Earth? Infelizmente, tem uma coisinha nesse jogo, uma única coisinha que eles mudaram no gameplay, uma bem pequena até, que afunda toda a experiencia que de outra forma seria magnifica tão rápido quanto um tijolo de seis furos tentando se infiltrar na equipe de nado sincronizado do Quirguiquistão.


Sim, AQUILO. Se você jogou Corações Vandalos 2, você sabe EXATAMENTE o que Corações Vandalos 2 faz de tão errado que faz você querer bater a cabeça na parede a CADA TURNO DE JOGO. Sim, A CADA MALDITO TURNO e é uma única coisa. Se você não jogou Vandal Hearts 2 e não sabe do que eu to falando, bem, senta aí que eu te conto...

HÃ, ESSA VIBE DE YOUTUBER QUE QUER SER UM AMIGO INTIMISTA NÃO REALMENTE CASA BEM CONTIGO, SABE?

Acho que não mesmo, Jorge. Então me permita refrasear a coisa: NINGUÉM LÊ ESSA BOSTA MESMO ENTÃO EU VOU RESMUNGAR SOBRE COMO ELES CAGARAM UM JOGO QUE ERA PRA SER DELICINHA COM A PORRA DE UMA IDEIA DE JIRICO E COMO NINGUÉM FOI ESPANTACO COM TOBLERONES EM PRAÇA PUBLICA POR ISSO É NADA SENÃO UMA AFRONTA A PRÓPRIA ESSENCIA DOS VIDEOGAMES!

AGORA PARECE MAIS CONTIGO...

Eu precisava botar isso pra fora, obrigado. Mas dito isso, vamos começar pelo começo...

domingo, 19 de janeiro de 2025

[#1386][Dez/98] JADE COCCON: Story of Tamamayou


Em todos estes anos nessa indústria vital, com quase 8 anos de blog e 1400 reviews, uma coisa que não mudou em nada desde o primeiro dia é que poucas coisas me empolgam mais do que descobrir uma joia escondida. Um desses jogos que, embora não seja perfeito, certamente tem mais a oferecer do que sua popularidade leva você a acreditar. Você sabe, pequenas delícias que nem todo mundo jogou como METAL WARRIORS ou ROCKET KNIGHT ADVENTURES

E a primeira vista, Casulo de Jade: História de Temamavayou se encaixa perfeitamente nesse molde de alegria... até perto da metade dessa curta aventura, quando o jogo tomou um rumo que me fez reavaliar minha opinião. É o que veremos no episódio de hoje.

sábado, 18 de janeiro de 2025

[#1385][Ago/1999] TOSHINDEN 4 (ou "Toshinden Subaru" no Japão)

Essa semana mesmo eu assisti um filme que tenta ser um grande final épico que ninguém pediu para uma franquia que ninguém se importa: "Venom: The Last Dance". Depois de dois filmes que variaram entre “meh” e “o que foi isso?”, chega Venom: The Last Dance – a tentativa derradeira de transformar Eddie Brock e seu simbionte em algo maior do que um meme ambulante. Spoiler: falha miseravelmente.

Tá, mas pq eu estou falando de Venom 3 nesse post? Ora, pq hoje é dia da review do jogo que é o equivalente videogamístico disso: o último jogo da franquia Toshinden, a épica conclusão que ninguém pediu para uma franquia que ninguém se importa. Vamos a isso então.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

[#1384][Dez/1999] KOUDELKA


Em 2002, o redator da prestigiada revista Famitsu, Jun Miura, estava fez uma matéria sobre um retro-jogo de 1985 chamado "Ikki" (não muito diferente do "Tunel do Tempo" que a Ação Games ou a SGP faziam). O que é relevante para nossa história, entretanto, é que Miura usou um termo "kusoge" para descreve-lo - que literalmente significa "jogo merda" (kuso = merda, Ge = gemu, a ingrishificação de "game").

Só que ele não se referia a qualquer jogo merda, oh não, e sim especificamente jogos tão ruins que chegam a ser fascinantes em toda sua medíocridade. É como assistir um acidente de carro, é uma coisa horrível, mas você não consegue tirar os olhos daquela catastrofe. É como assistir de The Room, é tão ruim, mas tão ruim, mas TÃO ruim que dá a volta completa e flerta com a genialidade.


Miura não inventou o termo, ele já rolava nas revistas japonesas a algum tempo (especialmente na Famitsu, que é extremamente exigente e crítica), mas é atribuído ao texto dele essa interpretação atual que a internet tem do termo. Seja qual for a origem, o fato que importa aqui é que hoje temos um kusoge tão kusogesco que você não tem como não esfregar as mãos de antecipação pq em toda catastrofe que vem pela frente, não tem como não pensar "ai papai, hoje tem!"

Então, sem mais delongas, vos apresento o estimado Kusoge do dia, Koudelkinha da Massa!