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O jogo de hoje é uma história bastante especial, pois se trata de uma batalha épica por nada menos que a dominação absoluta do mundo!
DÃ. GRANDE COISA, BATALHAS POR DOMINAÇÃO DO MUNDO ACONTECEM APENAS O TEMPO TODO EM VIDEOGAMES!
Bem, sim, mas essa não é uma batalha pela dominação do mundo qualquer, ela foi uma luta pela dominação do nosso mundo! Uma batalha pelo controle do mundo real?
COMO ASSIM?
Interessante, não? Pois é, então senta que lá vem história.
Nossa história de hoje começa em 1993, quando a Capcom era a maior produtora de games do mundo surfando na crista da onda com os sucessos indebelaveis de Mega Man, Final Fight e Street Fighter. Na verdade não havia um único genero onde a Capcom não tivesse sucesso absoluto: nos jogos de plataforma minha Aladdin do Super Nintendo, nos RPGs tinha Breath of Fire, nos puzzles tinha Goof Troop, nos beat'm ups tinha Punisher... enfim, a Capcom tinha o mundo em suas mãos.
Só que ela queria mais, muito mais.
Isso porque naquela época não haviam gêneros de videojogos plenamente reconhecidos como acontece hoje - principalmente porque a central de informação, as revistas, eram de um amadorismo atroz. Então não haviam "jogos de tiro em primeira pessoa", nós chamavamos de "clones de Doom". Não haviam jogos de luta, a menos que o jogo fosse muito único em alguma coisa (como Dragon Ball Z, por exemplo) nós chamavamos de clone de Street Fighter ou Mortal Kombat. Era assim que a gente falava.
Só que o termo "clone de Street Fighter" não era uma aproximação grosseira, de fato muitas e muitas empresas queriam aproveitar a onda do sucesso de Street Fighter 2 com o mínimo de esforço possível. E nisso a Capcom viu uma oportunidade.
Ela esperou pacientemente até que um desses "clones de Street Fighter" desse mole e fosse parecido demais com Street Fighter. Ela esperou o jogo perfeito para os seus planos... até que esse jogo veio. E é aqui que entra Fighter's History.
Chamar Fighter's History de "clone" de Street Fighter é uma ofensa a todos os Storm Troopers da República: a Data East usou efeitos sonoros, estilo de arte, fontes, telas, golpes e tudo que você imaginar de Street Fighter. E por usar eu quero dizer que usou mesmo, por exemplo os efeitos sonoros são OS MESMOS!
Fighter's History |
E o mesmo estilo visual da tela de seleção de personagens que foi usado em Street Fighter |
Tela de pós combate com o adversário em uma foto com a versão detonada dele e uma frase de efeito do vencedor... |
E o original em Street Fighter |
Golpe do lutador Matlok, que me parece com algo que eu já vi em algum lugar... |
... hã |
Ou a baforada do chefão Karnov, não é de toda estranha... |
A animação é pior, mas a ideia é a mesma. |
Enfim, você pegou a ideia. Fighter's History pode ser pior desenhado, mas são os mesmos golpes, os mesmos comandos, a definição clássica de "Street Fighter do homem pobre". E esse era exatamente o jogo que a Capcom estava esperando, ao ponto que a reação dela ao ver FH não foi outra senão:
E porque esse clone de Street Fighter de uma empresa de fundo de quintal comparada com a Capcom? Porque a Capcom estava esperando um jogo exatamente como Fighter's History para fazer isso:
Em 1993 a Capcom entrou com um processo contra a Data East exigindo a proibição da venda de novos arcades e comercialização dos já existentes de Fighter's History. E a esse ponto você pode se perguntar porque causa, motivo, razão ou circunstancia a toda poderosa Capcom decidiu encarnar com a coitada da Data East já que mesmo que Fighter's History fosse um sucesso poliglobal pandemico e vendesse tudo que a DE não estivesse nem esperando... não faria um arranhão em 1/100000 de Street Fighter no cenário dos arcades.
Então pra que se dar o trabalho?
Ora, meu jovem e inocente padawan, você está pensando pequeno. A Capcom não estava realmente interessada em Fighter's History, ela não poderia se foder mais para FH. O que ela queria, de verdade, era abrir um precedente legal para processar outros jogos de luta e assim garantir um monopolio todo para ela no ramo.
Isso porque os Estados Unidos usam no seu sistema legal a Common Law, enquanto países como o Brasil usam a Civil Law de modelo.
USA O QUE DO QUE?
O Brasil usa o modelo de justiça do Império Romano: existe uma lei, e então um juíz interpreta essa lei. Se houverem mil julgamentos com mil juízes diferentes, poderão haver mil interpretações diferentes da lei. Mesmo que haja um caso "precedente" (a mesma situação já foi julgada antes), o juíz pode se basear nele mas não tem obrigação nenhuma de seguir nada, ele decide o que dá vontade e acabou.
Por isso que no Brasil é tão sério o problema de insegurança jurídica, como o juíz decide o que der vontade é muito difícil se planejar para qualquer coisa legal já que as regras são decididas na hora.
Nos Estados Unidos, que usa o modelo de justiça do Império Britanico, as coisas são diferentes. Quando é um caso inédito, aquilo nunca foi julgado antes, o juíz se baseia na lei para fazer sua decisão - exatamente como o modelo romano. Só que uma vez que o caso já tem precedente, aí acabou a conversa. Aquele é o entendimento legal do país e não tem choro nem vela. Até dá pra mudar uma jurisprudencia já tomada, mas é muito, muito, muito dificil isso acontecer e você tem que ter argumentos ultra mega power de bons... e nem assim é garantido.
É por isso que todos os filmes de advogado americanos você vê a defesa ou a acusação "citando o caso XXXX contra YYYY", porque se já tem jurisprudencia acabou o amor. E era exatamente isso que a Capcom queria, abrir uma jurisprudencia legal para se basear nesse caso e assim atacar os outros jogos de luta dali pra frente. Se ela tivesse uma decisão favoravel nesse sentido, ela tinha uma porta para proibir todos os jogos de luta que não fossem os dela mesma.
E Fighter's History deu examente o que ela precisava. Mas... será que deu mesmo?
É aqui que a história fica realmente louca, e as coisas parecem um plot saído de um jogo de Phoenix Wright (ironicamente, outra série que viria a ser um enorme sucesso da Capcom). Alias a trilha sonora de Phoenix Wright é perfeita para reviravolta jurídicas, só a Capcom pra fazer um jogo de simulador de advogado ser foda mesmo hahaha
Mas então, o argumento de plagio da propriedade intelectual por parte da Capcom poderia ser provado de duas maneiras. O primeiro seria um plágio literal do jogo, quer dizer usar a mesma programação, copiar a codificação mesmo.
Isso é bastante fácil de verificar, e claro que a Data East não fez isso porque seria pedir pra tomar ferro. Mas tudo bem, a alegação da Capcom era basicamente que a Data East estava se aproveitando do sucesso de Street Fighter para surfar na onda com um clone, usando golpes, mecanicas e personagens que eram propriedade intelectual da Capcom.
A grande reviravolta nesse caso foi a defesa da Data East: se a Data East fosse culpada de plágiar Street Fighter com Fighting History... então ela é que iria processar a Capcom por plagiar ela!
J'ACCUSE!
TAN-DAN-DAAAAAAN!
Isso porque muito antes do primeiro Street Fighter, havia um jogo de 1984 a Data East chamado Karate Champ em que você usava comandos especiais para um karateca branco enfrentar um karateca vermelho em uma luta de artes marciais 1x1.
Isso soa familiar?
Street Fighter 1, de 1987 |
Então quem é que está copiando Ken? (viram o que eu fiz aqui? Hã? Hã?)
Parece que o jogo virou, heim Capcom?
Não apenas a Data East tinha um argumento neste caso, como tinha o tão sonhado precedente a seu favor... que na verdade foi contrário a ela. É um caso de muitas reviravoltas, não?
Isso porque após o lançamento de Karate Champ pela Data East em 1984, no ano seguinte a Epyx Computer games lançou um clone de Karate Champ chamado "World Karate Championship" que era muito mais copiado de Karate Champ do que Fighter's History era de Street Fighter.
Quer dizer, esse é Karate Champ:
E esse era World Karate Championship:
Em ambos os jogos você tinha competições de karate entre um personagem vermelho e um branco com os mesmos movimentos e tudo mais. Na época a Data East processou a Epyx pelo clone... e perdeu. A justiça entendeu que ambos os jogos eram baseados em um esporte real, e que embora as similaridades entre os jogos fosse obvias não constituía infração de propriedade intelectual porque, bem, a Data East não é dona do karate, é?
Assim a Data East não pode fazer nada a respeito da onda de muitos e muitos clones de Karate Champ que assolaram o mercado nos anos seguintes, sendo um deles .... um tal de Street Fighter.
Pois bem, não é que quase dez anos depois ela usou essa mesma jurisprudencia que tinha sido contrária a ela como defesa da acusão de plagiar as ideias de Street Fighter 2? O mesmo caso que deu segurança juridica para o primeiro Street Fighter existir agora era usado como defesa da cópia de Street Fighter 2.
O resultado foi que o veredito no caso de Street Fighter 2 vs Fighter's History é que a corte entendeu que, primeiro, nenhum direito autoral de personagem havia sido quebrado. Embora alguns personagens pareçam com os de Street Fighter, não existem similaridades o suficiente para afirmar que eles estão roubando os personagens registrados de outro jogo.
Mizoguchi totalmente não é o Ryu use camisa porque... bem, porque o Ryu usa camisa, dã! |
Quanto aos movimentos, foi mantida jurisprudência de Karate Champ vs World Karate Championship de que a Capcom não possui direitos autorais sobre movimentos corporais sejam eles fantasiosos ou não. A Capcom tem registrado o Hadouken especificamente, mas ela não é dona de todos os disparos de energia com as mãos, de modo que a Capcom não pode alegar ter sido pirateada de uma coisa que não é sua. Por mais similares que os golpes sejam, eles não são da Capcom.
Mais importante que isso, na verdade, é que o juíz deixou bastante claro na sentença que permitir o patenteamento de movimentos ou mesmo de comandos de um jogo não apenas era sem base legal, como teria por efeito criar um monopolio em diversos ramos do entretenimento - não apenas em videogames, mas em board game, jogos de carta e assim por diante, e essa absolutamente não era o objetivo da lei de propriedade intelectual.
Imagina se a Hasbro, por exemplo, patenteia "jogar dados para determinar quantas casas você anda" do Banco Imobiliário! Olha a putaria que abrir um precedente desses geraria!
Ou seja, o juíz não apenas negou a alegação da Capcom como viu direitinho o que eles realmente estavam pretendendo ali e acabou com essa putaria PARA SEMPRE (porque é como a Common Law funciona).
E essa é a história não apenas de como a Capcom tentou usar um joguinho safado como Fighter's History para ter monopolio sobre os jogos de luta, como a decisão que fundamentou a negação desse pedido foi o que permitiu haverem jogos de luta em primeiro lugar.
Quanto ao jogo em si, bem, vamos falar dos personagens, das suas histórias e dos seus finais ... mas já adianto que não tem muita coisa realmente interessante. A história do torneio de luta dentro do jogo é meio que o padrão em jogos de luta: alguém decide organizar um torneio de luta e recruta gente de todos os estilos de luta e...
... bem, é isso. Fim.
RAY MCDOUGAL
Reizão da massa é o Ryu do jogo: um andarilho por aí que busca ser o mais forte e por isso entra no torneio. A grande diferença aqui é que Ray (que totalmente não é Ryu) é o americano loiro e não o japonês sisudo. Ou seja, é o conceito do Ryu com o visual do Ken
Seguindo o manual da escola Ryu de protagonistas de jogo de luta, Ray luta apenas pelo prazer de lutar e sequer se importa em receber o premio do torneio. Ele apenas parte em direção a próxima luta... o que é dificil sem uma alimentação adequada, você totalmente deveria ter pego esse dinheiro do prêmio Ray.
LIU FEILIN
Feilin é talvez a personagem mais surpreendente do jogo, já que ela é uma das duas personagens femininas do jogo mas não faz o papel de "gata", "gostosa", "musa" ou qualquer adjetivo que as revistas da época curtiam. Não tem nada revelador sobre as roupas dela nem nenhum volume avantajado, e a este ponto isso é bastante surpreendente para um jogo de luta dos anos 90.
Liu é uma artista de circo chinesa que quer ficar famosa mundialmente, e pra isso entra no torneio de luta. Você pode achar que isso não faz sentido, mas você sabe dizer o nome de um artista do Cirque Du Soleil? Pois é, foi o que eu pensei.
Ao vencer o torneio, Liu se torna baita famosa e recebe varias propostas de Hollywood. As quais ela nega todas, porque ela só queria mesmo ser famosa e agora ela é, tá bom já. Ah, e ela aparece de biquini com decote because anos 90, você achou mesmo que eles iam deixar passar batido?
Oh, minha doce criança do verão...
RYOKO KANO
Ryoko Tani é uma das maiores estrelas do esporte japonês, e tem um status de idolo que poucos japoneses realmente desfrutam. Campeã mundial por 7 vezes (sendo o primeiro título mundial com apenas 17 anos), uma medalha de ouro olímpica e uma de prata. Ela se tornou sensação justamente por chegar a uma final olímpica com apenas 16 anos de idade, se tornando infinitamente popular no Japão por conta disso.
Tanto que varios jogos de luta da época prestam homenagem a ela, sendo que tem uma lutadora correspondente a ela em World Heroes e aqui temos a judoquinha Ryoko Kano, que entra no torneio para realizar o sonho de seu avô falecido de provar para o mundo que o judô é a arte marcial mais pica das galaxias.
Em seu final, Ryoko cumpre o desejo dos seus avós e prova que o Judo é fodão mesmo. Próxima parada, rumo a medalha de ouro olímpica em 96! Mais especificamente diz que ela não vai voltar pra casa até ter uma mala cheia de medalhas de ouro. O que significa que ela de fato venceu as olimpiadas, roubou as medalhas de alguém ou hoje vive nas ruas de Atlanta fazendo golpes de judo nas sinaleiras.
Curiosamente, a Ryoko do mundo real realmente ganhou nas Olímpiadas de 96! Fighters History kibando Street Fighter e prevendo o futuro simultaneamente!
MATLOK JADE
Matlok é um guitarrista que quer criar a melhor banda de punk rock do mundo. Ele entra no torneio Great Grapple quando ouve que o organizador "K" tem um baixo lendário - um que pode tocar qualquer música que o músico desejar. Uma curiosidade é que o nome do lutador é inspirado no baixista do Sex Pistols, Glen Matlok
Em seu final, Matlok vence o torneio e consegue o baixo mágico que toca qualquer música e se torna um músico fodão capaz de tocar Through Fires and Flames, o que lhe rende iates, mulheres e cem mil dolares. Um fato pouco apreciado que percebemos nesse final descobrimos que Matlok também era o último Airbender.
SAMCHAY TOMYANGUN
O cara com o nome mais criativo do jogo é outro exemplo clássico do design de FH: pega o conceito de um personagem de Street Fighter e junta com o visual do outro. Aqui ele é lutador de Muay Thai, como o Joe Higashi de Fatal Fury, mas ele luta pra alimentar as crianças famintas da sua vila com o premio do tornio - como o Dhalsim.
Eles realmente criaram uma formula para kibar Street Fighter e se safar com isso, não?
Ao vencer o torneio, Samchay recebe o dinheiro do premio... mas então as crianças da sua vila aparecem e pedem para largar essa vida. Ganhar dinheiro removendo dentes de pessoas sem anestesia não é o caminho da vila deles, e eles não podem aceitar essa grana.
Então Samchay recusa o premio e vai embora com as crianças em direção ao por do sol... provavelmente para morrer de fome, porque discursos bonitos não enchem a barriga de ninguém. No céu tem pão e morreu feelings.
LEE DIENDOU
Em sua eterna busca de kibar os outros e se safar dos processinhos, a Data East se perguntou que personagem era relativamente fácil de achar mas que ninguém ligava a minima. A resposta foi o Yamcha do Dragon Ball, porque ninguém pro Yamcha. Então copiaram ele. E ninguém liga pro Lee Diendou também.
Bem, Lee vem de uma família de famosos artistas marciais. Um dia, seu pai foi espancado por um guerreiro misterioso. Ouvindo que o mesmo homem estava patrocinando o torneio Great Grapple, ele entra para se vingar da reputação manchada de sua família.
Em seu final, Lee vence o homem que espancou seu pai, mas seu mestre o impede de espancar um homem derrotado pois isso seria desonroso para os espacamentos marciais. Então ele volta para sua vila e reconstrói a honra da sua família espancando pessoas que foram um pouco espancadas mas não tanto. É uma noção de honra bem única, eu diria.
MAKOTO MIZOGUCHI
E ainda dizem que FH não tem originalidade! Isso porque a maioria dos jogos de luta tem um vagabundo que anda por ái batendo nas pessoas pra chamar de seu Ryu. O desse jogo é Ray (quanta criatividade). Só que em um plot twist insano, aqui temos DOIS vagabundos genéricos que andam por aí espancando pessoas! Makoto é o vagabundo #2 de FH
Tendo vencido o torneio, Makoto decide que sua sede de violencia sem sentido está saciada e decide dar um jeito na vida entrando para uma universidade e carimbando passoquinhas adolescentes com sua cara de maníaco, como Deus queria que fosse.
Entretanto um olheiro do mundo das lutas vê sua performance e o arrasta para essa vida de menos passoquinhas e mais bordoadas. E é isso, eu sei lá se isso era pra ser engraçado ou que, eu não invento essas merdas.
JEAN PIERRE
Jean Pierre que não é Polnareff é um ginasta francês que sempre alcançou notas perfeitas até o dia em que inesperadamente marcou 9,98. Desde então, ele começou a utilizar as artes marciais para melhorar sua graça e força. Ele participa do torneio Great Grapple para ver os resultados de seu treinamento pessoal. Novamente eu gostaria de lembrar que eu não invento essa merda
Se esse final é erro de tradução ou se a Data East apenas desisiu de se importar, jamais saberemos. O que sabemos é que JP vai pras olimpiadas devido a sua ginástica, encontra a Ryoko lá e grita "NON!"... e termina.
Quem tiver entendido, enviar cartas para a redação.
MARSTÓRIUS
E pra encerrar com chave de "foda-se parei de me importar", é claro que um jogo de luta genérico teria que ter o seu wrestler genérico. É a lei dos jogos de luta, senão fizer a policia da luta vem te pegar.
Vencendo o torneio, Marstóriius se dá por satisfeito com seu wrestling e seu nome único, então parte para fazer a única coisa que um homem em seu lugar pode fazer: ir para as montanhas fazer wrestling com ursos.
Não posso dizer que o condeno por isso.
VERSÃO PARA SNES
ntiga Gamers Edição 003
VERSÃO PARA SNES
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