Uma coisa rara de acontecer nos videogames, especialmente nos anos 90, é você jogar como o vilão da história. Não dessa vez: você é o mau como um pica-pau, o tinhoso cuja missão é ferrar com a felicidade de inocentes, você é monstro a ser detido. Essa é a premissa desse jogo, e infelizmente é a única coisa memorável a respeito dele.
Nossa história começa com um escandalo internacional, quando se descobriu que o famoso chef Pierre le Chef usava ingredientes vivos e sentientes para suas receitas! Tomates, batatas e pimentões não apenas pensam, como tem sentimentos... mas Pierre, o vil, não se importa com isso e os cozinha gritando diante de seus brotinhos.
A capa europeia do jogo tem o mérito de não ter um personagem na capa que parece que vai encostar uma van e oferecer doces para as crianças |
Até o dia que as leguminosas de Pierre se rebelam e escapam da geladeira. Porém a pedra de gelo que é o coração de Pierre não conhece clemencia, e agora cabe a você acabar com esse sonho de liberdade e esperança dos vegetais. O mais impressionante nesse jogo não é apenas que os vegetais que você tem que capturar para leva-los a morte em agua fervente não apenas tem rosto, como eles ativamente fogem de você se te verem.
Isso é particularmente cruel já que os inimigos não te atacam ao te ver, eles apenas fogem sob gritos de "EU SÓ QUERO VIVER!!!". Mas Pierre não de importa. Pierre não sente nada, senão o prazer de saber que a esperança daquela forma de vida acabou nas suas mãos. Pois tal é Pierre le Chef.
Chamar o Caribe de "Indias Ocidentais" é o que acontecia antes da Wikipedia, você as vezes usava enciclopédias um tanto desatualizadas... |
Mas ok, vamos começar do começo então com esse "Out do Lunch". Depois de passar pelos grandes jogos do SNES que todos já conhecem como os Marios e Zeldas e Metroids, você chega a prateleira de jogos que não eram realmente ruins, apenas não tão conhecidos em seus tempo como INSPECTOR GADGET e ROBOCOP VERSUS THE TERMINATOR
Se depois de passar dessa categoria você continuar escavando mais ainda, vai então vai chegar em um corredor escuro e empoeirado onde mesmo os criadores não lembram de ter colocado aqueles jogos esquecidos ali. Por alguma razão esses jogos foram esquecidos pelo espaço-tempo, talvez eles fossem muito de nicho ou apenas apenas não tenha muito o que falar sobre eles realmente.
Out to Lunch se enquadra nessa categoria, é um jogo estilo arcade dos anos 80 que não tem muito para ele realmente. É um jogo de jogabilidade tão simples quanto você pode imaginar, você joga como um chef viajando para diferentes países e recuperando ingredientes que escaparam da geladeira.
Para pegar a comida, que tenta fugir por sua vida, você tem que primeiro achar uma rede em cada fase. Assim que tiver a rede deve atordoar os refugiados pulando na cabela deles ou atacando com os power ups que você acha na fase: sacos de farinha que podem ser arremessados, bafo flamejante ao comer molho de pimenta e... acho que são só esses dois mesmo.
Depois de pegar a comida você tem que colocar ela nessa jaula. Assim que recapturar o número de comidas pedidas em cada fase e, em seguida, soltá-lo nesta gaiola aparece um portal e você pode sair da fase. Você não precisa capturar todas as comidas da fase, apenas o número que ela pede.
Se você for atingido seu personagem fica tonto e as comidas capturadas fogem, então você pode colocar as comidas que já pegou na jaula e continuar pegando as que falta... e é isso. Isso é realmente tudo que tem neste jogo, é apenas plataforma pura, você simplesmente pula e pula e pular um pouco mais.
Os controles desse não são perfeitos, mas não são injogaveis porque tudo é bem básico aqui. Seu personagem é um pouco escorregadio para o meu gosto, meio que parece que todas as fases são fase de gelo, mas whatever não é a pior coisa que eu já vi na vida. A coisa que realmente me incomoda é que você não pode manobrar o personagemm no ar - como em um bom jogo de plataforma você pode fazer, tipo Mario
Corra tomatinho! Corra por sua vida! |
Ainda sim nada com que você não possa se acostumar, não quebra o jogo nem nada. A parte mais dificil não é nem achar as comidas para pegar, e sim o limite de tempo de cada fase que é apertado. Tempo é a única coisa que te mata realmente, já que ser acertado só faz você ficar atordoado e perder as comidas que tinha pego (o que é perda de tempo no fim do dia).
Hã... o que mais... ah, se você deixar a comida na jaula muito tempo sem terminar a fase aparece um chef de preto pra libertar a comida, mas não é um recurso que você usa tanto assim para fazer diferença assim realmente.
Le Chef Noir, seu mais antigo inimigo. Tenho que dizer que nomes ficam muito legais em francês |
A coisa que faz diferença mesmo é que são 48 níveis sem save ou passwords, este jogo realmente poderia usar pelo menos um sistema de passwords e... é isso. Os cenários de fundo são bonitos e não tem muito mais o que dizer realmente.
É um jogo que parece aqueles arcades sem pretensão dos anos 80 como BUBBLE BOBBLE, e que não tenta ser outra coisa do que um jogo de plataforma estilo arcade baseado em obter uma pontuação alta e lutar contra o tempo. Pra que um jogo de arcade dos anos 80 foi feito para o Super Nintendo em 1994 está além de mim responder, entretanto. Suponho que tenha publico pra isso, eu sei lá...