A sociedade japonesa, como é bastante comum nas sociedades do leste asiático, é bastante estruturada em torno de tradição e continuidade. Isso quer dizer que se uma empresa é especializada em determinada area, caso ela queira se meter de pato a ganso e tentar sua sorte em outro ramo ela será muito mal vista.
Como quando a Honda, tradicional fabricante de motores e motos, passou a fabricar carros nos anos 80 e obviamente não demorou até um pudim de saque encher a cara e se matar com um carro dela (felizmente foi só ele e um poste, mais ninguém ficou ferido nisso). A opinião publica massacrou a empresa pelas próximas semanas com coisas como "era o que ia acontecer com uma fabricante de motos fazendo carros, obvio" até o relatorio da policia divulgar que o cara estava tão bebum que o bafo dele deve ter pego uma corrente de ar e embriagado metade da Polinésia. É apenas assim que o senso comum japonês funciona.
As vezes isso é, obviamente, extremamente nocivo. Como quando a Sony decidiu entrar no mercado de games, a Nintendo não se preocupou tanto quanto hoje nós sabemos que ela deveria ter se preocupado. Eles acharam que por mais expertize que a Sony tivesse na produção e em fazer contratos (eles são uma das maiores gravadoras do mundo, afinal), e por mais que eles tivessem dinheiro para fazer contratos de exclusividade com números que a Nintendo jamais ouvira falar de tão altos, tinha a seu favor que eles não tinham experiencia no ramo de videogames e isso equilibraria as coisas a favor deles tanto com o publico como para com os desenvolvedores (os japoneses se preocupam muito mais que os americanos de como a marca da sua empresa estara associada ao hardware que ela rodar, e isso sempre custou muito caro a Sega por exemplo).